Construção

O presente trabalho visa ilustrar a história de Tanabi.
Autor: Terso Marcel Mazza

Matriz Nossa Senhora Conceição

      Início do catolicismo em Tanabi


      No início do século XIX, toda a região oeste do estado estava praticamente inexplorada, figurando nos mapas como "terrenos desconhecidos e habitados por indígenas". O povoamento veio se processando por Araraquara, Jaboticabal, até S.J. do Rio Preto e circunvizinhança. 
        Em 1860, Joaquim Francisco de Andrade, um bugre manso que há tempos habitava o Viradouro, veio morar às margens do Jataí. Com o fincamento de um cruzeiro de madeira feito por Bento Perez, gesto litúrgico que, em todo o Brasil cristão, indica a constituição de uma localidade, ocorreu então, em 04 de julho de 1882, a fundação de Tanabi aos pés da Cruz.
        Consta, na tradição popular, que no dia da fundação, foi celebradda uma missa por padres missionários provindos de Campo Belo, atual Campina Verde, Minas Gerais, onde existia o Seminário de Nossa Senhora dos Homens. 
         

    



    Erguida a cruz, cuidaram logo os moradores do Jataí, de construir uma capela em homenagem à padroeira escolhida, Nossa Senhora da Conceição.


           Foi construída uma capela rústica, de palha, que deu nome ao lugar então conhecido por "Capela do Jataí"; Surge então, a primeira capela de Tanabi. Nesta capela coberta de capim, foi batizado Eduardo Alves Ferreira, segundo testemunho oral de José Joaquim Cardoso.
           Nove anos mais tarde, em 1891, a Capela rústica, foi substituída por uma capela feita de tijolos e telhas vãs, estilo colonial, terminada em 1901. A construção foi feita pelo pedreiro Ludovico Batáglia; há, contudo, versão contrária que atribui a Adolfo Honório a construção da citada capela. 

            Por esse tempo, corriam estas paragens, de quando em quando, missionários, dentre eles um padre chamado Jerônimo, de Campo Belo, que o povo  venerava  como  Santo.

            No dia 21 de maio de 1887, foi lavrada, na cidade de São José do Rio Preto, uma escritura de compra, em que o PATRIMÔNIO DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO DO JATAHY adquiriu 75 alqueires de terras ao custo de  600$000 (Seiscentos mil réis) de Francisco de Souza Lopes e sua esposa Maria Francisca da Conceição; Joaquim José de Souza e sua esposa Gertudes de Sousa Martins e Dona Maria Rosária da Conceição, todos residentes em Rio Preto. A presente escritura foi registrada sob o nº 364, no livro 3 , à fl. 07, em dois de agosto de 1906. 

        Consta também, na escritura, uma doação de 25 alqueires de terras feita por um irmão e cunhado dos doadores, de nome Manoel Correa de Souza, perfazendo um total de 100 alqueires de terras; 242 hectares, pertencentes atualmente à Paróquia de Tanabi. Todas essas terras pertenciam ao Sr. Bento de Souza Lopes (De cujus). No documento, consta haver uma Capela edificada e em construção, e não pomos dúvida, visto tratar de documentação  pública.

            Outra escritura de doação está registrada no livro de notas, de número um, às folhas cinco e seis do Cartório de Tanabi, contendo as seguintes informações: no dia 8 de março de 1907, José Theodoro Ferreira Lemos e sua mulher, Cândida Maria de Jesus, fizeram uma doação plena e irrevogável de uma parte correspondente a trinta e cinco mil e tantos réis de legítima a Nossa Senhora da Conceição para o fim de se constituir um patrimônio na povoação de Tanabi, que se achava encravada na referida fazenda; para os efeitos legais dão à presente doação o valor de cem mil réis (100$000) e transferem toda a posse, jus e domínio que nas terras ora doadas tinham, obrigando-se, como se obrigam a todo o tempo por si e seus sucessores, fazerem a presente doação boa, firme e valiosa, e desde já, por força desta e da clausula, constituem e empossam a mencionada outorga nos  referidos  bens.  Tanabi,  08  de  março  de  1907.

        Em 10 de outubro de 1901, a capela de Tanabi recebeu, em doação, 10 alqueires de terras, no Marinheiro (fazenda com milhares de alqueires, cerca de setenta mil, conhecida por Anhumas, Barra das Pedras etc; limitava-se com as fazendas “Piedade”, “Prata”, “Viradouro”, “São João e São Pedro”, “Santa Rita” e com o rio Grande. Nela, estão assentes hoje, as localidades de Fernandópolis, Votuporanga, Brasilândia, Pedranópolis, Mira Estrela e outras).

             No dia 20 de janeiro de 1902, por ato do Revmo. Bispo Dom Antônio Cândido de Alvarenga, a capela do Jatay foi entregue aos cuidados de Polenice Celeri, cognominado "O Alferes", para zelar e cuidar da referida capela, que  seria  demolida  mais  tarde,  em  09  de  julho  de  1933.

    Transcrição da Provisão que nomeou Polenice Celeri para zelar da capela

               
Dom Antônio Cândido de Alvarenga
1º Bispo de Tanabi
"DOM ANTÔNIO DE ALVARENGA, por Mercé de Deus e da Santa Sé Apostólica, BISPO DE SÃO PAULO, prelado Doméstico de Sua Santidade o Papa Leão XIII.

                 Aos que esta Nossa Provisão virem, saudação e Benção em o Senhor. Fazemos saber que attendendo ao que por sua petição Nos representou o cidadão Polenice Celeri, Zelador da Capella de Nossa Senhora da Conceição do Jatahy, filial da Igreja Matriz de São José do Rio Preto desta Diocese, havemos por bem, pela presente, provê-lo no mesmo emprego, por tempo de um anno, si antes disse não Mandarmos o contrário. A qual occupação servirá como convem ao serviço de Deus e bem da Matriz, zelando juntamente com o muito Revd. Parocho dos bens patrimoniais da respectiva Fabrica, e Esperamos que será muito exacto no cumprimento de seus deveres. 
                   Findo o dito tempo de um anno, ficará essa sem vigor, e para continuar, Nos requererá novo provimento, juntando esta que será apresentada ao muito Revd. Parocho, e desta sorte haverá todos os Emolumentos, próes e precalços que legitimamente lhe pertencerem. Os Fabriqueiros devem prestar contas anualmente ou de cada semestre á auctoridade Diocesana, de acordo com o Regulamento de Fabricas, vigente na Diocese. 
                      Dada em Nossa Camara Episcopal desta cidade de São Paulo, sob Nosso Signal e Sello de Nossas Armas, aos 20 de janeiro de 1902. Assigna, Dom Antonio Candido de Alvarenga, Bispo de São Paulo."
    
        Numerosas famílias, provenientes de Minas, de Barretos e de outros pontos distantes do Estado foram fixando com o ânimo de permanecer ou se embrenharam pelo interior remoto, abrindo sítios e fazendas, por sua vez, fundando outros vilarejos como Álvares Florence, Américo de Campos, sendo mais tarde, Votuporanga, Fernandópolis e tantas  outras  por  aí.

        Até então, Tanabi era subordinada a Igreja Matriz de São José do Rio Preto que pertencia a diocese de São Paulo. Nesta época, não havia padre em Tanabi e, por esse tempo, corriam estas paragens, de quando em quando, missionários, dentre eles um padre chamado Jerônimo, de Campo Belo. 

            Tudo começou em quatro de julho de 1882, no local onde hoje está a praça Stélio Machado Loureiro, antes cognominada “24 de outubro”, e em cujo  centro  se  localiza  hoje,  a  Estação  Rodoviária.  




Local onde está a rodoviária 


          O tempo foi avançando e o povoado aumentando; como pertencíamos à Paróquia de Rio Preto e a frequência à Matriz não era fácil, então, no dia 20 de dezembro de 1922, a Capela de Tanabi foi desmembrada de Rio Preto e criada oficialmente a paróquia de Tanabi, conforme o decreto transcrito a seguir:



Dom José Marcondes Homem
de Melo
1º Arcebisto  da paróquia de  Tanabi.
Decreto Episcopal - Dom. José Marcondes Homem de Melo, por Mercê de Deus e da Santa Sé Apostólica, Arcebispo - Bispo de São Carlos do Pinhal. Aos que este Decreto virem saúde e benção do Senhor. Fazemos saber que tendo nós em consideração o acréscimo da população, a extensão territorial da Paróquia de São José do Rio Preto, sobretudo o bem espiritual dos fiéis que, sem grave incomodo não podem frequentar o Igreja Matriz, para receber os Sacramentos e assistir aos Ofícios Divinos, houvemos por bem, pelo presente decreto, usando da Nossa Jurisdição Ordinária, e, se necessário for, da que nos é delegada pela Santo Concílio Tridentino,  Secção XXI, Capítulo 4º Da Reformatione, separar, dividir e desmembrar da Paróquia de Rio Preto, deste Bispado, o território do atual Distrito de Paz de Tanaby, e com ele erigirmos e canonicamente instituirmos a paróquia de Nossa Senhora da Conceição de Tanaby, cujas divisas são as seguintes: Começa à margem direita do Ribeirão Rio Preto, na barra do córrego do Bálsamo e pelo veio d'água deste acima até nas cabeceiras confrontando com a fazenda "Tatú" ou "Ipê", pelo espigão deste até o espigão confrontando com a fazenda " Varjão"; pela espigão deste até encontrar o rio São José dos Dourados; pelo veio d'água deste abaixo até a barra com o rio Paraná e por este à margem esquerda do Rio Grande acima até encontrar a barra do ribeirão "Rio Preto" e, finalmente, por este acima até onde teve princípio. Assim limitado o território que fica dentro dessas divisas, será o território da nova paróquia de Nossa Senhora da Conceição de Tanaby, a qual submetemos à jurisdição e ao cuidado espiritual do pároco que para ela for nomeado e aos que canonicamente lhe sucederem no cargo e bem como todos os habitantes que nela residirem, os quais mandamos que tanto para o reverendo pároco, como para fábrica da nova paróquia contribuam religiosamente com os emolumentos, ofertas e benesses que lhe sejam devidas por estatutos, leis, usos e costumes legítimos, nesta Nossa Diocese, tratando de angariar donativos suficientes para construir casa paroquial, igreja Matriz; funciona provisoriamente o novo pároco na Capela de Nossa Senhora da Conceição, existente no povoado, o qual por isso, gozará de todos os privilégios e insígnias que em direito lhe couberem. Por que concedemos à dita Capela, enquanto servir de matriz da paróquia referida, faculdade para ter "sacrário", em que se conserve o "Augusto Sacramento" da Eucaristia com o necessário orçamento e a decência e com a lâmpada constantemente acesa de dia e de noite; bem como faculdade para aí estabelecer Batistério e "Pia Batismal", Casamentos, Óbitos, todos os mais direitos. Damos, portanto, por canonicamente erigida e constituída a paróquia de Nossa Senhora da Conceição de Tanaby, com sede na povoação de mesmo nome. Este decreto será enviado aos respectivos Vigários de Rio Preto e Tanaby e mandamos que seja lido no primeiro dia santificado após a recepção do mesmo, a estação da missa paroquial de que passarão certidão ao pé deste integralmente com a certidão nos livros de Tombo de suas paróquias para em todo o sempre constar. Depois do que seja este decreto devolvido à Nossa Câmara Episcopal para ser registrado no livro competente. Dado e passado na Câmara Episcopal de São Carlos do Pinhal sob o nosso sinal e selo de Nossas Armas aos 20 de dezembro de 1922. E eu, o Padre José Gonçalves Branco, secretário interino do Bispado o subscrevi. Dom José Marcondes, Arcebispo - Bispo de São Carlos.  

Óleo sobre tela - Obra de Júlio Soares Bonfim
Déc. 50


Óleo sobre tela (21/10/57) - Obra de Júlio Soares Bonfim 
Do lado direito → 1a. Cadeia 


Óleo sobre tela (04/06/57) - Obra de Júlio Soares Bonfim
Tanabi primitiva, hoje, praça Stélio Machado Loureiro e rodoviária



             

Por provisão de 20 de dezembro de 1922, Dom José Marcondes Homem de Melo, nomeou o primeiro Vigário da Paróquia de Tanabi, padre Agostinho dos Santos Pereira.
              Tomou posse no dia 24 de dezembro de 1922, em missa solene e, na mesma ocasião, leu o decreto episcopal conforme determinação diocesana, que desmembrou e criou a paróquia de Tanabi.



- Pe. Agostinho dos Santos Pereira - Primeiro padre de Tanabi-


            No dia 18 de março de 1918, a capela recebeu dez alqueires de terras em doação, na Barra Mansa (grande imóvel rústico confinando com as fazendas “Cachoeira dos Felícios”, “Nova” e com o rio Preto; banhado pelo ribeirão de igual nome, com numerosos afluentes, entre eles o Cambão; pertencente, nesta data, à 2ª. Zona distrital de Tanabi, sediada em Ibiporanga e a estas ligadas  por estradas de rodagem; houve, outrora, nesse local, rudimentos de um povoado com patrimônio e cemitério, o qual não logrou subsistir, registrado no cartório de registro de Imóveis de Rio Preto.

        A Casa Paroquial, até então, ficava ao lado da igreja, e era feita de baldrames e esteios. Depois, foi substituída por uma de alvenaria através de diversas pessoas: Jerônimo Gomes, Antônio Severiano da Costa, Antônio José da Silveira, Tobias Garcia de Oliveira, Joaquim Pernambuco e outros.

            No dia 20 de outubro de 1923, a paróquia recebeu 10 alqueires de terra nas Águas Paradas (imóvel rústico à margem do rio Preto e confinante com seus congêneres Piedade e Guariroba; é banhada pelo ribeirão de igual nome, em cuja margem direita está assentada a cidade de Américo de Campos; no espigão divisor a cidade de Pontes Gestal), em forma de doação, registrada no Cartório de Registro de Imóveis de Tanabi.

        

Dom José Maurício da Rocha
       Nos dias 13, 14 e 15 de novembro de 1925, a paróquia recebeu a  primeira visita Pastoral do Bispo Dom José Maurício da Rocha, por comissão de Dom José Marcondes Homem de Melo.
          Em relatório, o bispo afirmou a pobreza e a precariedade da velha matriz e elogiou o povo tanabiense. Como resultado da visita pastoral, foram feitas 830 confissões, 423 comunhões e 7 casamentos.







            Quase um mês depois, aconteceu em Tanabi a primeira Semana Eucarística, de 5 a 13 de dezembro de 1925. O movimento de piedade fora de 426 confissões e 750 comunhões. No dia 19 de junho de 1925, recebeu mais 10 alqueires de terra em forma de doação na Fazenda “Nova” (fazenda atravessada pelo ribeirão Bonito, de quem herda o nome; tem por limites as fazendas “Cachoeira dos Felícios”, “Fortaleza”, “Prata”, “Piedade” e com o rio Preto; em seu território esta situada a cidade de Cosmorama), registrada no Cartório de Imóveis de Tanabi. Já em 17 de dezembro de 1926, recebeu mais um alqueire de terra, em forma de doação, na fazenda dos Tomases (vila no arredor de Tanabi, onde antigamente passava a estrada que ia a Américo de Campos; ribeirão na bacia do Turvo, tendo como afluentes o Viana, o Aldeiamento, o Piçarrão, o Joaquim José e o Barro Preto), registrado no Cartório de Imóveis de Tanabi. 

            Na fazenda dos Tomases, atualmente conhecida como Vila Tomaz, consta, nas folhas do Livro do Tombo da paróquia de São José do Rio Preto, ano de 1914, uma referência de que, não muito distante da Capela do Jataí, núcleo inicial da localidade, existe outro patrimônio assinalado por uma cruz. Trata-se do patrimônio do Divino. Não prosperou, ficando reduzido ao primitivo cruzeiro. Situava-se o mesmo na Fazenda dos Tomases (atualmente Vila Tomaz), à margem do caminho que liga ao Guamerin e ao Malhador, onde outrora transitavam os primeiros moradores do Jataí e que, mais tarde, foi substituído pela estrada Boiadeira.

             Outra doação de mais cinco alqueires de terras foi realizada no dia 19 de março de 1927, situados na Ponte Pensa (fazenda na vertente do rio Dourados, confinando-se com as fazendas “Barrinha”, “Viradouro”, “Marinheiro”, “Santa Rita” e “Jagora”; constituiu-se num dos mais antigos bairros do município; hoje não pertence mais à área territorial de Tanabi).

                Novo paroquiato, o Vigário Pe. Agostinho dos Santos Pereira, na data de 15 de maio de 1927, deu posse ao Pe. Manoel Pinheiro. No dia 25 do mesmo mês, recebeu as procissões de Vigário Fabriqueiro nos termos de costume.                

      
Foto da déc. de 20.
Ao fundo, vemos a antiga matriz
E, com o passar dos tempos, a velha matriz, até então situada no mesmo lugar da fundação, estava em estado precário.    









         Tendo em vista a precariedade na velha matriz, no dia 10 de outubro do ano de 1927, foi lançada a pedra fundamental da nova igreja matriz (a atual). Foi uma grande festa, vieram comunidades da cidade de Monte Aprazível e Mirassol; duas bandas de música estiveram presentes para animar a festa, a de Tanaby e Monte Aprazível. Houve uma grande concentração do povo tanabiense e das cidade vizinhas. A nova igreja começou a ser construída e parte dos alicerces em concreto, principiaram no começo do ano de 1928.            
Dom André Arco Verde


      No dia 29 de outubro de 1928, chegou em Tanabi Dom André Arco Verde, Bispo de Valença, por comissão de Dom José Marcondes Homem de Melo, para fazer a segunda visita Pastoral em Tanabi. 

        Em seu relatório episcopal, após as devidas inspeções na velha matriz, qualifica-a com imprestável.

      O movimento religioso em sua estada em Tanabi foi de 600 comunhões, 7 casamentos de consciência e 2.473 crismas.



           No dia 25 de janeiro do ano de 1929, foi criada a Diocese de São José do Rio Preto. O prefeito de Tanaby, Gabriel José de Oliveira comprometeu-se a arranjar para o novo Bispado de Rio Preto a quantia de 2.500#000 réis (dois contos e quinhentos mil réis).

A construção da nova matriz ia indo de vento em popa; parte dos alicerces em concreto,  principiam no ano de 1928. 

        
No ano de 1930, as paredes  da  Capela  Mor  já estavam  prontas.


         
Dom. Lafayette Libânio
1º Bispo da Diocese de Rio Preto
1931 - 1966
       No ao de 1930, as paredes da Capela Mor estavam prontas. A instalação do novo Bispado se concretiza e a notícia da nomeação do primeiro bispo da Diocese de Rio Preto chega a Tanabi no dia 15 de agosto de 1930. Foi nomeado o Dom. Lafayette Libânio que tomou posse no dia 22 de janeiro de 1931. Dom Lafayette foi sagrado no dia 27 de dezembro de 1930. A sua posse, foram as delegações das filhas de Maria e do Apostolado da Oração, representando a comunidade de Tanabi. Sua primeira Carta Pastoral foi publicada a 27 de dezembro de 1930 e foi lida em Tanabi perante os católicos em missa solene na data de 25 de janeiro de 1931.

Filho de Antônio Libânio e Josefina dos Santos teixeira, nasceu em Pouso Alegre/MG no dia 1º de outubro de 1886. Foi ordenado presbítero no dia 25 de dezembro de 1909; Vigário Geral de Pouso Alegre, no dia 1º de outubro de 1921 foi eleito bispo de Rio Preto pelo Pala Pio XI, no dia 8 de agosto de 1930, sua ordenação episcopal foi no dia 27 de dezembro de 1930, e sua posse canônica em Rio Preto, ocorreu no dia 22/01/1931. Renunciou ao múnus episcopal no dia 04/10/66. Lema episcopal: "Oportet me evangelizare" (É preciso que eu evangelize). Faleceu no dia 26 de junho de 1979, com 93 anos de idade. 
        
       E, construindo a nova matriz, no ano de 1931, uma grande parte das paredes do corpo da igreja estavam concluídas.

        Surge, nesse mesmo ano, uma doação constando de duas partes: uma de 16 alqueires, cuja doação fora feita ut supra, e a outra de 20 alqueires,  ambas  doadas  pelo  Sr.  Laudelino  Vieira  de  Carvalho.


      João Vargas Filho. Foi ele quem comandou a construção da igreja, deixando-a pronta para a cobertura. Não foi possível ver a cobertura da igreja, ficou muito doente e veio a falecer. Era casado com Davina Portugal Vargas.
          Nasceu no dia 13 de fevereiro do ano de 1901 e faleceu no dia 02 de junho do ano de 1945.






        Grande movimento religiosa aconteceu do dia 03 a 20 de maio de 1931, movimento chamado de “A Primeira Missão”, ministrada por padres missionários vindos de outras localidades. 
     

          No dia 31 de dezembro do ano de 1931, foi passada mais uma provisão de Pró Vigário da Paróquia Nossa Senhora da Conceição de Tanabi. No dia 01 de janeiro de 1932, o Vigário efetivo leu na estação da missa paroquial, esta provisão, levando a conhecimento de todos. Entrou em efetivo exercício no dia 06 de janeiro de 1932, dia em que se ausentou da paróquia o Vigário Manoel Pinheiro, em gozo de licença. Ficou então o Pró Vigário Domingos da Silva Braga, o prefeito João Gualberto de Oliveira Portugal e Francisco Vargas, a fim de convidarem o Bispo para vir a Tanabi. E, com o convite feito, ele veio.

        Dom Lafayette Libânio visitou a paróquia, pois, estava na cidade vizinha de Monte Aprazível, a fim de lançar a pedra fundamental da Santa Casa daquela localidade, e de Tanabi partiu uma comissão composta do Pró Vigário Pe. Domingos da Silva Braga,


Pe. Domingos da Silva Braga

        Nessa estada em Tanabi, visitou a velha matriz e as obras da nova matriz, indo também à casa do Sr. Francisco Vargas, onde lhe foram oferecidas todas as honrarias. Em seu retorno, o Bispo foi acompanhado, até a cidade de Bálsamo, pelo automóvel gentilmente cedido pelo Dr. Paulo P. de Abreu, médico residente em Tanabi.

            Agora, em visita oficial, chegou em Tanabi, aos 21 de abril de 1932, o Bispo Diocesano Dom Lafayette Libânio, onde permaneceu até o dia 28 do corrente. Hospedou-se na casa do Dr. Lauro Machado, médico nesta cidade. Em sua primeira visita a Tanabi, o bispo foi saudado pelo poeta e farmacêutico João de Mello Macedo, com um brilhante discurso que reproduzimos na íntegra:

Exma. Revma. Dom Lafayette Libânio, D.D. Bispo da Diocese de Rio Preto

            Minhas Senhoras,

            Gentis Senhorinhas,

            Meus Senhores.

            "Tanaby vive hoje um dos seus grandes dias, recebendo a primeira visita do querido Bispo de sua Diocése. E foi o Sr. Bispo, para manifestar-vos a satisfação de que se acha possuído, por tão auspicioso evento, que o povo tanabyense aqui se reuniu, em um só coração e uma só alma. E vem assim, pela palavra do mais desautorizado dos seus interpretes, fazer chegar até vós, concretizado neste saudar, a expressão  mais sincera da sua estima e as sua filial veneração.

            Dom Lafayette Libânio, eu vos confesso que nunca me senti tão a vontade para interpretar e traduzir os sentimentos de um povo, como neste momento em vos saúdo. Conhecendo-vos de há muito, ao falar de vós e para vós; se for exalçar, como exalçarei, as nossas qualidades pessoaes, eu sei que me dirijo a um espírito profundamente christão. Por isso, não é demais que eu diga que o povo de Tanaby exulta com a vossa visita, que elle sabe passageira, porque também, como eu, elle já vos conhece. A vossa actuação no Bispado de Rio Preto, em tão pouco tempo de ministério

apostólico, já é palpitante de espiritualidade e de fé. Procurando desdobrar a vossa actividade por todas a parochias da diocese, em todas ellas já fazeis sentir a vossa benéfica influência, quer incentivando o ensino, de que sois um verdadeiro técnico, quer estimulando a fundação de instituições de caridade, quer buscando pela evangelização, aperfeiçoar a vida espiritual dos vossos diocesanos. E a essa esplendida série de realizações não podia ser estranho o povo desta cidade, pois, até aqui vem chegando  o  eco  dos  louvores,  que  aureolam  o  vosso  nome.

            Os tanabyenses, pois, não vos desconheciam, mesmo porque, desde a vossa investidura no posto, em que tanto vos dignificais, elles vem sentindo a vossa presença, imaterial, nas radiações do vosso espírito privilegiado de pastor de almas que, em pessoa, vos conhecem elle, saberão que o sorriso que quase perfeitamente baila em vossos lábios não é o sorriso farisaico dos mercantilistas, mas a expressão mesma da vossa íntima bondade, e a própria revelação dessa alegria franciscana, de que só podem  usufruir  as  almas  verdadeiramente  puras.

            Exma. Revma.

            Eu queria dizer á mocidade desta terra que vós sois para os moços. Permiti que eu lhes diga, aos moços de Tanaby, que vós sois, Dom Lafayette, um dos seus melhores amigos. E que antes de ser Bispo; vós fostes educador. E um educador, senhores, que tinha as portas de seu ginásio abertas para os desamparados da fortuna. E um educador, senhores, que não só formava propedêuticos, mas via virtudes em seus adolescentes. Num educador, que mesmo exercendo energicamente sobre elle a sua auctoridade, tinha o supremo dom de se fazer amado os seus educandos. E é assim dessas figuras de eleição que a igreja mais precisa para  captar  as  tendências  de  retorno  á  Fé...

            Mas fazemos votos a Deus para que em breve aqui retorneis, em visita pastoral, para orgulho de toda a parochia, ora entregue á solicitude do seu párocho substituto Pe. Domingos Braga. E, beijando, em nome da cidade, o vosso annel de Príncipe da Igreja, eu vos affirmo, Exma. Revma., que o povo de Tanaby antes de vos conhecer já vos havia amado".

                                                                                                                 Disse, João de Mello Macedo.

Discurso original, manuscrito por J. M. Macedo



        E as obras da nova matriz continuam de vento em popa; as obras se reduziam ao levantamento das paredes da Capela Mor e a uns oito a nove metros de parede do corpo da igreja. Como a matriz velha estava imprestável para a grandeza do Culto Divino, o padre atacou com entusiasmo o levantamento das paredes da sacristia, a cobertura da Capela Mor, corpo da igreja e sacristia. Esta, já tinha os alicerces fora da terra. A cobertura da Capela Mor e do corpo da igreja tinha a madeira por aparelhar estendida no chão e ainda não paga. Foi comprado o que faltava para a sacristia, bem como tábuas para fechar a frontaria acima dos tijolos e telhas francesas, as que tinham eram insuficientes e de má qualidade.

         O aterro da Capela Mor foi concluído e a mesma foi ladrilhada a mosaico; as restantes dependências ladrilhadas a tijolo com cimento e areia. Após isso, houve uma preocupação em forrar a Capela Mor a fim de ser inaugurada. As janelas da Capela foram feitas artesanalmente em Rio Preto. Para estas obras houve uma arrecadação de bastante esmolas, mas todas elas insuficientes, tendo, o padre, a necessidade de lançar mão do rendimento da Paróquia (patrimônio da sede), bem como do patrimônio das Capelas da Fazenda Nova, Águas Paradas (hoje, Américo de Campos) e Marinheiro.

             Com tudo em andamento, e a contento, a Capela Mor e o corpo da igreja é inaugurado no dia 24 de maio de 1933; chega a Tanabi, logo pela tarde, sua Exma. Revma.o Sr. Dom. Lafayette Libânio, tido como bondoso bispo e que especialmente fora convidado para tal finalidade. 

Déc. de 30

Sua Excia., depois de paramentado na velha matriz, junto à porta foi saudado por um maravilhoso discurso feito pelo saudoso poeta, e farmacêutico João de Mello Macedo. Aproveitou este senhor a ocasião para, em nome da mocidade tanabiense, oferecer à paróquia, uma nova imagem da padroeira, Nsa. Sra. da Conceição:

            Exma. Revma. Dom Lafayette Libânio, D.D. Bispo de Rio Preto

            Rev. Pe. Domingos da Silva Braga, Vigário da Parochia

            Minhas Senhoras

            Meus Senhores

             "Quis a mocidade catholica de Tanaby fosse eu o seu intermediário na entrega da imagem de Nossa Senhora da Conceição, imagem que essa mesma mocidade, como prova de seus sentimentos religiosos, offerece á nova Igreja Matriz, que hoje solenemente se inaugurará. Não entrarei na

apreciação dos motivos determinantes da minha escolha porque não quero que duvideis da minha sinceridade, pois, a modéstia, nos discursos, foi-se tornando em ridículo logar-commum, quando não em capcioso euphemismo com que se pretende, muitas vezes, occultar intima convucção de superioridade. E foi assim que me limitei a acceitar o convite e aqui estou para  desempenhar,  como  puder,  a  entrepreza,  que  se  me  confiou.

            Exma. Revma. D. Lafayette Libânio, sois vós o paranympho desta imagem. É em vossas mãos episcopaes que a depositamos para que a colloqueis no lugar, que lhe compete, como padroeira desta terra previlegiada. Sim, meus senhores, feliz e previlegiada é a terra, que tem como padroeira Nossa Senhora da Conceição! Feliz porque, perguntaríeis vós?

            Ah! Meus senhores, não serei eu aquelle que há de entoar á Cheia de Graça a hyperdulia do seu louvor. Tratar de Maria Imaculada, diz um dos nossos mais notáveis escriptores, é tarefa acima das escassas faculddes humanas, inacessível aos nossos imperfeitos meios de expressão. E si dess’arte pensa o conde de Affonso Celso é porque elle, como a humilde pessoa que vos fala, sabe que não somente São Pedro Damião, que não somente Santo Anselmo, que não somente São Bernardo, mas o próprio Santo Agostinho que, na fiel cognonimia de um grande orador sacro, é o mais sábio de todos os santos e o mais santo de todos os sábios, sentiram todos elles a insufficiencia de seu intellecto para a cabal celebração daquella, que é “honra e gloria do sexo feminino”. E mesmo assim, senhores, é tão alto o poder inspirador de Maria, que, de Moysés a David, de Isaias a Salomão e todos os prophetas, o seu nome refulgura nos seus mais sublimes e inspirados textos. Perlustrae a literatura de todos os povos e ahi encontrareis a glorificação dessa, que muijustamente já foi intitulada “Magistra Bonorum Poetarum”, a mestra dos bons poetas. Pois, desde a humilde e espontânea quadra popular, que é a mais perfumada flor do folck-lore de todos os paizes, até à “Divina Comédia”, que é a mais alta condensação do gênio poético universal, a poesia, que este século de prosa e de utilitarismo não conseguiu ainda fazer desaparecer, tem, muitas vezes, seu motivo e sua gênese na belleza, que auréola o mystério da Imaculada Conceição.

            Percorrei as mais notáveis pinacothecas do mundo e ahi contemplareis senão os originaes, pelo menos, a reproducção daquelles maravilhosos quadros, que a Virgem Santissima inspirou, immortalisando os  pincéis  de  Raphael  e  de  Murillo,  de  Corregio  e  de  Ticiano!

            Para commungar dessa universal consagração foi que o nosso Brasil nasceu cantando, pelas alvas areias das praias de São Vicente, os hynos em louvor da Virgem Senhora, nellas traçados pelo admirável Padre José de Anchieta, que os historiadores da nossa literatura consideram como o primeiro poeta brasileiro. E assim Nossa Senhora, tendo sido a primeira inspiração da nossa poética, ficou para sempre ligada aos destinos de nossa terra. Padroeira de Portugal, continuou padroeira do Brasil, sob a invocação de Nossa Senhora da Aparecida. E, dentro do Brasil, innumeras são as cidades, que lhe rendem o seu culto especial. Entre estas, Tanaby, que, neste momento, se rejubila porque vae dar á sua imagem, morda condigna em a nova Matriz, cuja edificação muito bem attesta o espírito religioso  do  seu  povo.

           Exma. Revma. D. Lafayette Libânio, os moços tanabyenses são os doadores dessa effigie, que, por meu irtermédio, entregam à vossa preciosa guarda. Recebei-a sob a vossa desvelada custódia. Na sua pobre concretização material está representada aquella que, na linguagem de um commentador, é não só a fonte, o modelo vivo de toda a inspiração, mas a rainha da Poesia e da Arte, a própria Mãe do Bello, do Bem e da Verdade, porque concebeu e produziu por obra o autor mesmo, o produtor de todas as obras, o Bello em pessoa, no qual se contém integralmente os thesouros do ideal!

            E permitti, senhores, que antes de terminar, eu me volte um pouco para o passado e de La revoque os nomes de José Theodoro Ferreira Lemos e Candida Maria de Jesus, doadores do patrimônio, que o gênio e a iniciativa  bandeirantes  vão  transformando  na  cidade  de  hoje.

            E lhes preste, no momento que passa, a homenagem do nosso agradecimento, pois, que tão bem illuminados andaram elles, escolhendo Nossa Senhora da Conceição para protectora do Tanaby de todos os tempos. Do Tanaby, humilde capella de hontem, do Tanaby cidade de hoje, do Tanaby metrópole de amanhã! Porque é com a infinita proteção de Maria Imaculada que esta terra há-de ser conduzida aos seus gloriosos destinos"!                        

                                                                                                                                 João de Mello Macedo.






A imagem foi levada provisoriamente para a nova matriz. Ali, saudou Sua Excia. em nome da população católica, o fluente orador Dr. Paulo Porfírio. A orquestra, na ocasião, era o harmônio e coro das Filhas de Maria da cidade de Rio Preto —Catedral, acompanhadas ao harmônio pelo distinto e virtuoso Marques, professor do Ginásio São Joaquim daquela cidade. Naquele dia, as comunhões foram numerosas, bem como as  crismas.

Momento em que a imagem da Imaculada chega à Nova MatrizDéc. de 30

Em 09 de julho do mesmo ano, o povo tanabiense assiste à demolição  da  velha  Matriz;  tudo  veio  abaixo.

E as obras da nova matriz continuam sob a hábil e proficiente direção de João Vargas. Os alicerces do restante do corpo da igreja foram abertos, um metro e oitenta centímetros de pedra, restando fazer a laje de cimento armado, para a qual já fora comprado o respectivo ferro e cimento. O altar provisório que havia no local, foi substituído por outro em cimento, estilo romântico, que ainda não estava concluído. O mesmo foi construído em três degraus de granito, tudo sendo feito pelas mãos do Sr. João Vargas. Ao lado das obras, havia dois grandes depósitos: um para modelação e o outro para as obras de ferreiro e de carpinteiro. Nestes depósitos, tinha um

motor elétrico, tupia, serra circular, torno e furadeira. Todos os utensílios ali existentes foram feitos pelo Sr. João Vargas com pedaços de automóvel Ford e Transmissão Chevrole, sendo tudo de propriedade da igreja. Tinha também, a igreja, um caminhão “Canadense” para os necessários carretos, e as chapas deste caminhão foram gentilmente cedidas pelo Prefeito Municipal,  João  Gualberto  de  Oliveira  Portugal.

            O Vigário Pe. Domingos da Silva Braga, na data de 09 de janeiro de 1933, solicita ao Bispo, em forma de requerimento, que dispensasse os foreiros da Vila Carvalho (vilarejo fundado por Felício José de Carvalho à margem da estrada Boiadeira, na fazenda Viradouro; com a morte de seu fundador, decaiu a ponto de constituir mera referência geográfica, com alguns botequins esparsos e poucas residências) dos débitos atrasados até o ano  de  1932.

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        Em 17 de março de 1934 é fundada a Congregação Mariana dos Moços, desta paróquia de Tanabi, sob os auspícios de Nossa Senhora da Conceição. Compareceram à fundação 35 congregados.  Na primeira concentração que houve na cidade de Rio Preto, na sede da Diocese, compareceram 22 congregados e, na segunda concentração havida no mesmo local, compareceram 40 congregados, todos uniformizados, levando em sua companhia a banda de música da cidade de Tanabi. Pela primeira vez, é realizada a Semana Santa na paróquia de Tanabi.

         Faltava de tudo, paramentos litúrgicos, imagens, tudo que fosse necessário para a imponente realização desta cerimônia. Mas, mesmo assim, foi comprado um pálio de quatro varas, de cor branca, uma imagem do Senhor morto com esquife, uma imagem do Senhor Crucificado, imagem do Nosso Senhor dos Passos, Nossa Senhora Soledade, Ressureição do Senhor, alguns metros de panos, castiçais para o Círio, lanternas e mais alguns paramentos litúrgicos. Na ocasião, estava de passagem por Tanabi um missionário  do  Coração  de  Maria,  o  Vigário  Henrique  Morré.

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Já na Semana Santa do ano de 1935, essa solenidade foi realizada com mais brilho. Para se ter uma noção, as comunhões chegaram perto de duas mil.

Foi pregador, durante essa semana maior, o Rev. Passionista Pe. Manoel da  Virgem  das  Dores.

            Dom Lafayette Libânio, por Mercê de Deus e da Santa Sé Apostólica, bispo de Rio Preto, baixa a seguinte provisão, de nº 119/1, datada de 04 de maio de 1935, criando a Irmandade do Santíssimo Sacramento: “Aos que esta nossa Provisão virem, saúde, paz e benção no Senhor. Fazemos saber que, temos em vista o maior bem espiritual dos fiéis, bem como o maior esplendor do culto da Irmandade do Santíssimo Sacramento na paróquia de Nossa Senhora da Conceição de Tanabi. Havemos por bem instituir a Irmandade que terá sede na Matriz local”.

            A aprovação do estatuto da Irmandade do Santíssimo Sacramento só ocorreu em 12 de junho de 1935, sob o nº 180/01, Diocese de Rio Preto, contendo 28 artigos, todos eles em conformidade com as leis canônicas, segundo  o  bispo  diocesano.

            Em 16 de julho de 1935, houve uma grande concentração Mariana em São Paulo, capital, e Tanabi participou enviando 12 Marianos a esta grande  festa.

            Outra Provisão é baixada pelo bispo Dom Lafayette Libânio, a de nº 317/28, de 10 de setembro de 1935, que criou a Associação da Doutrina Cristã, com sede na matriz Nossa Senhora da Conceição na cidade de Tanabi.

            O bispo diocesano Dom Lafeyette Libânio é recebido em Tanabi, na data de 25 de setembro de 1935, pelos senhores João Gualberto de Oliveira Portugal —Prefeito Municipal, Francisco Vargas, Dr. Cassiano Marcondes, Hermenegildo Violin, Marcílio Cesário Magalhães, Felipe Liebana Torres e um grupo de Marianos. Todos almoçaram na casa paroquial. Às 13:00 horas do mesmo dia, em carro da prefeitura, acompanhado pelo Sr. Prefeito, o farmacêutico Francisco Vargas e  Pe. Domingos Braga, foram à vila de Américo de Campos, visitar a capela da paróquia de Tanabi, e lá permaneceram um dia. No dia 27, passaram na vila Monteiro e ficaram lá por três dias; seguiram, no dia 30, para vila de Cosmorama, e no dia 02 de outubro, voltaram a Tanabi para iniciar a visita na própria sede da paróquia; foram saudados, na entrada da cidade, pela menina Alvacira V. de Oliveira e pelo Sr. Pascoal Albanese e, em seguida, foram todos para a casa do Sr. Francisco Vargas. Na ocasião foram feitos nove casamentos legítimos, 790 comunhões e 774 crismas. Em 09 de outubro  do  mesmo  ano,  retorna  o  bispo  para  a  diocese.

Com o decreto de número 117/1, Dom Lafayette Libânio dispensa do cargo de Vigário o Pe. Domingos da Silva Braga e nomeia-o Vigário em comissão, para organizar a futura paróquia de São João Batista de Vila Monteiro (Votuporanga); a Capela da Vila de Américo de Campos passou a pertencer à paróquia da então Vila Monteiro, após sua criação em 16 de maio de 1936. Neste mesmo ano, é fundada a Associação de São José.

Em 05 de julho de 1936, toma posse o novo Vigário da paróquia Nossa Senhora da Conceição de Tanabi, o Pe. Fidélis Luiz Orueta Gardeabazal; eram 10:00 horas da manhã. Passados quatro anos, Pe. Fidélis é nomeado membro da comissão diocesana do primeiro Congresso Eucarístico Diocesano que aconteceu de 26 de maio a 02 de junho de 1940.

Em visita pastoral às capelas de Ibiporanga, Cosmorama, Viradouro e Paróquia de Tanabi, na data de 17 de junho de 1940, Dom Lafayette Libânio, acompanhado do Frei Eugênio, do convento dos Franciscanos da Aparecida, do bairro Boa Vista, Rio Preto chegam a Tanabi e, no mesmo dia, começam a pregar às 19:00 horas. No dia 04 de julho do mesmo ano, é criada a Irmandade de São José, que logo ficou com dezesseis  zeladores  e  zeladoras,  e  75  associados.

Em 23 de dezembro de 1940, o bispo Dom Lafayette Libânio, por decreto diocesano, desmembra definitivamente da Paróquia Nossa Senhora da Conceição de Tanabi a Capela de São João Batista de Vila Monteiro, haja vista que já pode manter um pároco, e institui uma nova paróquia. No ano de 1942, é fundada a Associação das Damas de Caridade, cuja organização originária fora das seguintes pessoas: Irmã Maria Cecília (diretora), Júlia de Lima Brito Arroio (presidente) e Irya Malvina de Sylos Vargas (secretária). No corrente ano, chegam a Tanabi, para a direção interna do Hospital São Vicente de Paulo, construído em 1938, as Irmãs da Providência  de  GAP.

             O Vigário Pe. Fidélis Orueta se afasta para tratamento de saúde; assume em seu lugar o Frei João Ruiz em 17 de junho de 1943. Em 31 de maio do corrente ano, é formada a comissão para as obras da matriz; assim ficando: Francisco Vargas —presidente, João Garcia Andreu —vice presidente, Victor Soledade Sobrinho —secretário, Paulo Vieira —tesoureiro, CiriloVendramini —2º secretário. A referida comissão tinha que prestar contas anualmente à Câmara Eclesiástica de Rio Preto.

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Em 27 de janeiro de 1937, Sebastião Almeida Oliveira publica o artigo  intitulado  “A  NOSSA  MATRIZ”.

A NOSSA MATRIZ

             "Vai de vento em popa a construção de nossa Matriz.

            Constituída a comissão de obras, na forma da provisão assinada por Dom Lafayette Libânio, aos vinte e nove de agosto de 1936, e empossada aos onze de setembro daquele ano, entrou a mesma em franca atividade, trabalhando com denodo e afinco, sob a presidência do Sr. Francisco Vargas, que, dito de passagem, no exercício de suas atribuições, tudo tem feito  em  seu  prol.

            Assim é que, como medida preliminar, foram iniciados os serviços de revestimento do alicerce da parte a construir; é do domínio público o copioso material consumido nas bocas hiantes dos enormes fossos, material esse consistente em areia, cal, cimento, pedregulho, ferro e maciços blocos de pedra, tudo disposto de forma a garantir a mais ampla estabilidade ao grandioso  edifício.

            Meses após, já as possantes muralhas de cimento armado emergiam do solo na ânsia de atingir as cumiadas. E a esperança ia renascendo aos poucos nos corações tanabienses, na expectativa de que, em limitado espaço de tempo, ter-se-ia terminado o arcabouço estrutural do espaçoso templo.

            Agora é o terrapleno que se processa rapidamente na parte circunscrita pelas paredes externas; as depressões e funduras cederam lugar a nivelada quadra, formando o piso que será, futuramente, revestido a mosaico.

            Estamos ainda no início do ano e já se nota a desenvoltura das paredes laterais, verdadeiros contra fortes de composição granítica, apropriados a receber o peso do travejamento e telhado e ao resistir os embates  do  tempo.

            Operários, numa azáfama sadia, tecem andaimes, assentam tijolos e preparam argamassa; aos poucos surgem os lineamentos murais e todo o trabalho segue um ritmo harmônico e progressivo. O Padre Fidélis, coadjuvando eficientemente os membros da Comissão, entrega a esta mais de dois contos e quinhentos mil réis, apurados dos recebimentos de laudêmios etc. ; coloca vitrais nas amplas janelas que banham de luz colorida o artístico altar, admirável trabalho apesar de inacabado  devido ao buril competente de João Vargas. Além disso, manda colocar, á entrada da parte construída, preciso anteparo; trata da aquisição de um harmônio

e cuida de resgatar a dívida resultante da compra das imagens sacras da Semana  Santa.  Tudo  isso  sem  alarde  ou  falazes  promessas.

E o povo começa a compreender que a comissão está de fato empenhada em concretizar o sonho tanabiense: o término da Igreja Matriz. Para comprová-lo, aí temos os donativos entregues à tesouraria: Saul Vieira doa cincoenta mil réis; Marcilio Cesário de Magalhães oferece dez mil tijolos. Outras ofertas sabemos estarem sendo encaminhadas, motivando nosso otimismo no sentido de crer que os trabalhos não sofrerão solução de continuidade, por falta de numerário, à míngua da generosidade do povo desta terra, sempre disposto a emprestar o seu auxílio a todas as boas  causas.

As localidades vizinhas: Mirassol, Monte Aprazível, Neves, Nova Granada e outras, esmeram-se na feitura de seus templos, alguns deles primorosas jóias de arquitetura. Precisamos acompanhar pari-passu esse movimento criador, construindo nossa Matriz dentro do menor prazo possível, a fim de podermos mostrar aos visitantes o grau de nosso adiantamento e o amor às nossas instituições, entre as quais a Igreja está, indiscutivelmente,  em  primeiro  lugar.

Para isso, entretanto, necessário se torna que todos comerciantes, fazendeiros, industriais, sitiantes e colonos, o povo em geral, contribua, na medida de suas possibilidades, com seus valiosos donativos, em dinheiro ou gêneros, os quais poderão ser entregues diretamente à comissão, para que esta continue aparelhada para contornar as vultuosas despesas que vêm sendo  feitas  nas  obras  em  andamento.

Qualquer contribuição será religiosamente aplicada nesse desinteratum.

Tanabienses! Emprestai vosso decidido concurso a esse nobre mister, concorrendo com uma parcela dos vossos esforços para a conclusão mais rápida do magnífico templo que será o orgulho dos presentes e a admiração  dos  pósteros,  a  casa  do  vosso  Deus"!

                                                                                      Assina, Sebastião Almeida Oliveira

                                                                                      Tanabi, 27 de janeiro de 1937.

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Déc. 40

Déc. 40

        Dom Lafayette Libânio, bispo de Rio Preto, nomeia, em 15 de junho de 1945, o Revmo. Pe. Horácio Lembo, auxiliar que toma a seu cargo a direção da paróquia quanto ao ensino da doutrina cristã, administração dos Santos Sacramentos, além de outros serviços que estejam ao seu alcance, que dificilmente poderiam ser feitos pelo pároco. Sua  posse  deu-se  no  dia  17  de  junho  de  1945.

            No dia 11 de agosto de 1946, é implantado o altar de mármore para o Santíssimo Sacramento e Coração de Jesus. E a Associação do Apostolado da Oração e Congregação Mariana Feminina e Masculina caminham em franco progresso na cidade de Tanabi. Quanto à Irmandade de São José, o bispo diocesano nomeia, para presidente, a Sra. Laura P. Honsi,  para  organizar  e  melhorar  ainda  mais  a  Associação.

            O catecismo, até então, é dirigido pela Irmã Maria Laura com o auxílio da Dra. Elta Lily de Assis Santana. Em 17 de agosto de 1946, o padre solicita ao bispo para que autorize o aumento de cinco cruzeiros para dez cruzeiros o aforamento do patrimônio de Nossa Senhora da Conceição e, nessa época, é adquirido o quarteirão nº 113 para a escola Doméstica Diocesana.

            Em visita Pastoral de 14 a 18 de maio de 1950, esteve em Tanabi o Exmo. Revmo. Sr. Bispo Diocesano. Em seu relatório episcopal, ele relata sobre a Irmandade de José, quanto a sua organização, e parabeniza as Irmãs da Providência que estão trabalhando com todo o zelo, destacando a Irmã Maria  Francisca  de  Salu,  que  está  junto  ao  Ginásio  Estadual.

Déc. 50



Hermenegildo Violim e família doou o valor total para a compra da porta principal da igreja



Déc. 50


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        Na noite de 19 de fevereiro de 1952, chega a Tanabi o Revmo. Sr. Pe. Victor Jesus Herrero, que veio para exercer todas as faculdades ordinárias em substituição ao Pe. Horácio, até que fosse emitida a portaria de sua nomeação de pároco em seu favor. Após seis anos de paroquiato,  Pe. Horácio deixa, na madrugada de 20 de fevereiro de 1952, a paróquia de Tanabi.

            Após 21 dias, em 12 de março de 1952, o Pe. Victor é nomeado pároco definitivo da paróquia Nossa Senhora da Conceição e empossado oficialmente, com todas as pompas, no dia 16 de março de 1952, através da portaria nº 1,  fls 175 vrs.  Livro nº 1.

            Em 22 de março de 1952, por Provisão assinada pelo Vigário Geral, Monsenhor Bras Baffa, é nomeado Fabriqueiro da paróquia de Tanabi até o final  do  ano  de  1952.

            Pe. Victor, em 11 de abril de 1952, por Provisão do bispo diocesano, é autorizado a erigir canonicamente a Via Sacra na Capela São Sebastião, do bairro de Vila Rincão, com todas as indulgências concedidas pelo  Sumo  Pontífice.

            As obras da matriz estavam suspensas, em virtude da falta de dinheiro, mas foram retomadas em maio do corrente ano. Na Missa do Galo de dezembro de 1952, às 24:00 horas, é inaugurado o cruzeiro da torre da igreja, totalmente iluminado e, na Noite de Natal do mesmo ano, é inaugurado o Relógio da marca Michelini, adquirido na cidade de São Paulo  — Capital.Cruzeiro da torre da Igreja —ano de 2010.

            José Michelini & Filho - Fabricantes RelojoeirosSão Paulo - Brasil

            E as obras da matriz  vão de vento em popa. Francisco Vargas renuncia à presidência da comissão de obras da matriz, assume o Pe. Victor Jesus Herrero como presidente, o Sr. Miguel Grilli —vice presidente, Sr. José Contatore —secretário, Júlio Barradas —tesoureiro, e os seguintes membros —Emílio Arroyo, Sebastião Arroyo, Cirilo Vendramini e Henrique  Alves.

            Os Vicentinos fundam uma segunda Conferência Vicentina com o nome de Nossa Senhora das Graças. A primeira procissão de São Cristovão em Tanabi foi chamada de “Dia dos Homens”. Foi feita sob a proteção de São Cristovão em 7 de junho. A missa não foi muito concorrida por parte dos homens; a procissão motorizada saiu da Capela Perobas em sentido à Matriz.  Foram  muitos  caminhões,  automóveis  e  carroças.

            No dia 7 de setembro de 1953, acontece a sagração e inauguração dos  sinos  da  igreja.

            

  

A Paróquia de Tanabi possui dois enormes sinos.

O sino maior leva o nome da padroeira, Nossa Senhora da Conceição.  Ele  pesa  530  quilos  e  é  feito  de  bronze.


Possui gravado em seu corpo as seguintes mensagens: “Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade” e  “Regina Pacis, ora  pro  nobis,  1953”.

Quando este sino é percutido, ele emite a nota musical F# (fá sustenido).

O sino menor; pesa 310 quilos, feito em bronze, e leva o nome da Santa Cecília, padroeira dos músicos e da música. Quando percutido, emite a  nota  A  (Lá).


Nele, estão gravadas as seguintes mensagens: “Vivos voco, fulgura frango, mortos plango” (Envoca os vivos, quebra o silêncio da madrugada, e  chora  os  mortos).  “Santa  Cecília,  ora  pro  nobis.  Tanabi,  1953”.

            Os sinos foram feitos na Fundição Artística Paulistana de Viscordo A.J. Angeli - SP.

            O sino é um instrumento musical e é de fundamental importância na liturgia; é a forma perfeita de comunicação. Em alguns lugares, principalmente na Europa, durante o dia, às 6 horas, ao meio dia e às 18 horas, recordam ao povo a hora da oração do “ângelus”, ou das Aves - Marias.

            Durante o tempo do advento e particularmente na quaresma, os sinos emudecem, vindo a se libertar do longo silêncio penitencial no natal, à missa do galo, e na solene Vigília da Páscoa, e atingem o máximo de esplendor e de brilho com o bimbalhar festivo que inunda de alegria os corações de todos. Amemos os sinos. Eles são os amigos que convidam a comungar a fé; são mensageiros celestes que convocam à oração, alertam para  o  horário,  comovem,  alegram  e  enternecem.

            Com a instalação dos sinos, a paróquia de Tanabi passou a ter as horas marcadas com o som do sino maior. Ele bate as vezes correspondentes ao número de horas marcadas pelo relógio; ou seja, se este estiver marcando duas horas, o sino bate duas vezes e, na meia hora, toca uma  vez  somente.



            Todo esse processo é feito mecânicamente através da máquina do relógio, que dispara o balancinho para bater as horas. Em seguida, dispara-se o martelo que bate as horas correspondentes. O relógio possui duas cordas  que  são  dadas  uma  vez  por  semana.


            Os sinos também podem ser tocados manualmente através de uma corda que está presa em seu gatilho. Quando tocados a meio badalo, com intervalos grandes e bem compassados, é sinal de que está chegando ou saindo algum enterro ou está acontecendo alguma missa de réquiem ou exéquias. Batidas seguidas, é sinal de que vai acontecer alguma coisa, por exemplo missa, e badaladas repentinas com movimentos curtos e rápidos, é sinal  de  dia  festivo.

            No ano de 2006, foi adaptada no relógio, outra máquina (relógio) que é capaz de tocar de quinze em quinze minutos; é o chamado carrilhão. E o antigo e original bimbalhar do sino foi desativado, dando lugar a outra forma para marcar as horas. O som emitido não é mais dos sinos e, sim, de pequenos bordões instalados ao lado da máquina do relógio, como podemos ver  agora:

            Ao lado da máquina do relógio, vemos um suporte em que está o equipamento de som e a caixa contendo a outra máquina que produz o som.



Martelos que batemnos bordões.



            Logo ao fundo, nota-se quatro martelos que batem nos bordões quando é dada a hora cheia, um quarto de hora e meia hora (toca de quinze em quinze minutos). Esses bordões estão microfonados, e o som é emitido através de quatro caixas de som instaladas na  torre  da  igreja,  sendo  uma  de  cada  lado  da  torre.

             A melodia que é tocada pelo carrilhão é a Westminster ( vem do tradicional palácio de Westminster, na Europa, onde está instalado o famoso relógio “Big Ben”) melodia conhecida no mundo todo. As notas emitidas pelos bordões são: MI, LÁ, DO, MI e, quando são tocados simultaneamente,  emitem  um  acorde  musical  de  Am  (LÁ menor).

            Além desses dois sinos, a paróquia possui outros dois de menor porte; ou seja, um está localizado à direita (para quem entra na igreja) do presbitério, e é ele que dá o sinal para os ofícios da igreja e desperta a atenção para o vigário que vai entrar; o outro é um carrilhão de mão, contendo quatro sinos pequenos, e é utilizado duas vezes durante a missa: ao Sanctus e à elevação (Missal). Mas é costume tocá-lo no princípio da consagração (d. 4377), em muitas igrejas ao ofertório, ao Domine, non sum dignas,  e  à  pequena  elevação.

            Quem não se encanta ao ouvir o sonoro timbre dos sinos que, do alto da torre, convidam a elevar as mentes ao Céu e dirigir a Deus uma súplica, um louvor?

O sino é uma verdadeira maravilha da arte, pela simplicidade de suas linhas, beleza de suas proporções e riqueza de suas notas. Melodioso, disciplinado e amigo, o sino sempre lembra aos fiéis seu caráter genuinamente  cristão.

             A Sagração dos Sinos foi feita por Dom José Joaquim Gonsalves, bispo de Vitória —ES, representando o bispo Diocesano Dom Lafayette Libânio que, por estar em visita pastoral à paróquia da cidade de Nhandeara, não pôde vir para a sagração. Estavam presentes, Pe. Fidélis Orueta; Pe. Régino Garcia, Vigário da cidade de Bálsamo; Promotor Público, Sr. Dr. João Bosco de Lima Cesar, e o Prefeito Emílio Arroyo Hernandes. Os dois sinos custaram CR$ 75.000.00 cruzeiros. Para arrecadar este montante, foi feito o livro de ouro. O prefeito Emílio Arroyo e sua senhora doaram CR$ 20.000.00 cruzeiros, a Capela das Perobas doou 15.000.00 cruzeiros e o restante foi completado por doações da comunidade. Logo em seguida, no dia 8 do corrente mês, o Sr. Henrique Alves e esposa doam a imagem de Nossa Senhora de Fátima. E mais imagens são adquiridas pela paróquia através de doações: São João Batista, pela Senhorita Santa Meneghetti, com esmolas dos devotos por ela angariadas para dito fim; São Cristovão, oferecido pelos chouferes da paróquia.

            No ano de 1954 ,a  Clausura das Irmãs que cuidam do nosocômio é inaugurada, no dia 7 de março, anexa à Santa Casa. Juntamente, inaugurou-se também o retrato do bispo Dom Lafayette no salão principal. Em sua chegada, foi saudado pelo Dr. Venizelos Papacosta, vice- prefeito em exercício da cidade de Tanabi. Um missa foi rezada no local e neste mesmo dia, no final da celebração, o Pe. Victor solicita ao bispo que eleve a paróquia de Tanabi à categoria de Santuário Diocesano. No mesmo momento o bispo declarou verbalmente a elevação da paróquia a Santuário, sendo  que  oportunamente  seria  baixado  o  respectivo  decreto.

 

            Reprodução do discurso do Pe. Victor de Jesus Herrero Padilha naquela  ocasião:

             "Excelência Reverendíssima,

            Foi por vontade expressa da Diretoria desta Santa Casa de São Vicente de Paula de Tanabi que, solenemente, no dia de hoje, deve ser inaugurado o retrato de V. Excia. neste Lar de Caridade e de oração. Coisa justa, gesto nobre, idéia oportuníssima. Completam-se, neste ano,vinte e cinco anos de vida da nossa amada Diocese de Rio Preto. Recebeu-a V. Excia, quando recém- nascida, pequenina, portanto, em suas paróquias e seus habitantes, grandiosa, porém, nas esperanças do futuro. E o futuro, realizador das esperanças, chegou alvissareiro, quase que, diríamos, antes do  tempo.

            Dirigindo nossas vistas, apenas, ao desenvolvimento religioso, em matéria de ASSISTÊNCIA SOCIAL, na diocese, vemos nosso Bispo com diversos Asilos e Orfanatos; com um número não muito reduzido de Hospitais; com bastantes Colégios e Escolas. Tudo isto surgindo aqui, ali e acolá, em poucos anos, e vencendo as dificuldades inerentes à vida de sertão que, dito seja de passo, hoje quase já desapareceu do nosso meio.

            Agora bem, se uma das provas da existência de Deus e de sua infinita sabedoria é a beleza, a harmonia e a grandiosidade dos céus e da terra, certamente também a beleza espiritual, a harmonia entre os seus membros e a grandeza sempre progressiva desta Diocese confirmam a existência  de  um  entendimento  que  dirige  e  realiza.

            E não somente de um entendimento, senão também de um coração segundo o coração de Cristo Nosso Senhor, que não esquece os sofrimentos alheios. Este entendimento organizado e este coração compassivo são a pessoa de V. Excia. Revma. em nossa Diocese de Rio Preto. Por isto, a justiça deste ato de gratidão da Diretoria desta Santa Casa, mandando colocar, com toda honra, nesta sala, o retrato de seu amado Bispo Diocesano, tão pródigo em realizações espirituais e de caráter assistencial. O retrato de V. Excia. neste lugar dirá, também às gerações futuras, que a nobilíssima cidade de Tanabi não sabe esquecer seus benfeitores, entre os quais  tem  a  honra  de  constar  a  pessoa  de  V.  Excia.  Revma.

            E se a reconhecida modéstia de V. Escia. sente relutância em receber esta justa homenagem, permita que lhe diga: não seja V. Excia. Dom Lafayette Libânio, quem aceita esta honra, seja o bondoso e realizador Bispo de Rio Preto o homenageado por todos nós nesta solenidade.

E, antes de terminar, é meu desejo, em nome deste bom povo de Tanabi, fazer-lhe um pedido. Sendo a nossa Matriz de Tanabi, na Diocese, a única que tem por Orago a SS. Virgem Maria sob o título IMACULADA CONCEIÇÃO; e sendo este o motivo pelo qual foi escolhida nossa paróquia para nela serem abertas as solenidades diocesanas deste Ano Santo Mariano, como lembrança, pois, destas solenidades e do PRIMEIRO CENTENÁRIO  DA DEFINIÇÃO  DOGMÁTICA DA IMACULADA CONCEIÇÃO, pedimos, humildemente, digne-se V. Excia. elevar nossa igreja  matriz  de  Tanabi  à  categoria  de  Santuário  Diocesano.

            Como ponto final desta minha humilde oração, eu tenho a grande honra e prazer de, em nome da Diretoria desta Santa Casa, convidar nosso estimado e dedicado Diretor Clínico, Dr. Geraldo Reis, para descortinar o retrato de Dom Lafayette Libânio, DD. Bispo Diocesano, benemérito desta Santa  Casa  de  São  Vicente  de  Paulo  de  Tanabi".

 

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             Na Semana Santa desse mesmo ano, o pregador foi o Pe. Agostiniano Nicanor Rodrigues, da cidade de Campinas. No dia 29 de maio do corrente ano, o Pe. Victor Jesus Herrera Padilha celebra suas Bodas de Prata  Sacerdotais.

            Em 29 de dezembro de 1954, sob o sinal e o selo de sua Excia. Dom. Lafayette Libânio, baixa-se o decreto que torna a paróquia de Nossa Senhora  da  Conceição  em  Santuário.

            A paróquia adquire, por escritura pública devidamente registrada e já entregue na cúria, duas datas de terreno no quarteirão nº 115, medindo 22 metros de frente por 88 de frente aos fundos. O mesmo foi murado e, nele, construído um barracão de 14X3 para guardar material de construção da  matriz.

            Na Missa do Galo do ano de 1954, à meia noite, é inaugurado o presépio,  adquirido  na  casa  Dom  Nery,  na  cidade  de  Campinas.

            Em janeiro de 1955, com o revestimento externo da igreja matriz, esta  ficou  praticamente  terminada.

            No dia 27 de dezembro de 1955, Dom Lafaytte Libânio comemora Bodas de Prata episcopal. Tanabi fez-se representar pelo seu prefeito municipal e pelo pároco; as solenidades  foram realizadas na Catedral de Rio Preto. Como oferta, a paróquia de Tanabi contribuiu com

CR$ 25.000.00 cruzeiros, para o presente a ser oferecido ao bispo.

            No mesmo ano, a paróquia adquire de Jesus Serafim da Silva, três casas.

            No ano de 1956, para visitar seus familiares na Espanha, ausentou-se da paróquia o Pe. Victor , do dia 30 de março a 16 de agosto de 1954. Durante sua ausência, a paróquia ficou anexada à paróquia da cidade de Bálsamo,  sob  os  cuidados  do  Vigário  Pe.  Regino  Garcia.

            No ano de 1957, foi remodelada a escadaria principal da matriz. O Exmo Sr. Prefeito fez a doação do mosaico e a igreja arcou com a mão de obra e o restante do material. Após a reforma, esta foi inaugurada no dia 14 de julho, juntamente com o Harmonium adquirido pelo pároco no valor de CR$ 50.000.00 cruzeiros. No ano de 1958, o então Cônego Victor convida um pintor espanhol, José Perez Morais (faleceu 25/03/1990) e seu tio, para fazer a pintura interna da  igreja.

José Perez Morais
                                    Era casado (07/04/1960) com Magda da Costa Moraes 

            Funda-se em Tanabi, a Associação dos Valicianos, pela Irmã Isaltina, missionária de Jesus Cruxificado, a convite do pároco local.

            Em 1975, é criado o Asilo dos Velhos, liderado pelos Vicentinos.

            Em 17 de dezembro de 1982 é empossado, pelas mãos do bispo diocesano Dom José de Aquino Pereira, na paróquia de Tanabi, o Pe. Oscar Donizeti Clementi. Ressalte-se que, nos anos em que o Pe. Oscar esteve à frente da paróquia, nada foi registrado no livro do Tombo e nenhum documento foi encontrado no que diz respeito ao seu paroquiato. Em 1987, a  igreja  recebe  nova  pintura,  feita  pelo  pintor  José  Perez  Morais.

            Em janeiro de 1994, Dom José de Aquino Pereira, dá posse ao novo pároco de Tanabi, o Pe. José Luiz Cassimiro. O mesmo ficou na paróquia 39  dias,  até  fevereiro  de  1994.

            “Por Mercê de Deus e da Santa Sé Apostólica, pela presente provisão, Dom José de Aquino Pereira nomeia o Pe. Aparecido Torrente para o cargo de Vigário na paróquia de Tanabi. No dia 21 de abril de 1994,às 19h30, Pe. Torrente toma posse. Após um ano e alguns dias, por mercê de Deus e da Santa Sé Apostólica, toma posse, na paróquia de Tanabi no dia 4 de maio de 1995, após vinte anos estando como vigário na cidade de  Ibirá;  o  polonês  Pe.  Mário  Ustaszewski.

            O tempo foi passando e o município foi crescendo,com bairros novos,  novas  comunidades.

            Houve a necessidade da criação de outra paróquia e, em 14 de fevereiro de 1997, a diocese de Rio Preto cria em Tanabi a Paróquia de São João  Batista.

             Com a criação da paróquia de São João Batista, assim ficaram às novas divisas da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, após o desmembramento. A delimitação inicia-se nas divisas de Municípios: Tanabi —Bálsamo, no encontro da Rede Elétrica de alta tensão (CESP). Segue-se no mesmo sentido da rede elétrica no sentido do Município de Cosmorama até o Córrego Jataí, onde vira a esquerda até o encontro com a Rodovia SP 320, denominada Rodovia Euclides da Cunha. Chegando à Rodovia, vira direita, percorrendo até o cruzamento com a estrada Municipal TB 245, segue-se em frente até o cruzamento com as estradas Municipais TNB 329 e TNB 348, vira-se à direita seguindo pela estrada Municipal TNB 348, até o cruzamento com a estrada municipal TNB 348, vira a direita, seguindo pela estrada municipal TNB 348 onde vira a esquerda, seguindo pela estrada municipal TNB 348, até o cruzamento com a estrada municipal TNB 319, até o cruzamento com a estrada municipal TNB 441, onde vira à esquerda, seguindo pela mencionada estrada até o cruzamento pela estrada municipal TNB 352, onde vira a esquerda seguindo pela mencionada estrada TNB 352 até o encontro com a Rodovia SP 320 Euclides da Cunha, onde vira à esquerda, seguindo os limites dos municípios Tanabi —Cosmorama até o Rio São José dos Dourados, onde vira à esquerda, seguindo pelo mesmo rio os limites dos municípios Sebastianópolis do Sul —Tanabi até o córrego da Fortaleza, virando á esquerda, seguindo pelo mencionado Córrego, seguindo pelo Córrego da Grama, seguindo pelo Córrego do Sapé, que são os limites dos municípios Tanabi —Monte Aprazível, seguindo os mesmos limites até a Rodovia SP 320, Euclides da Cunha, seguindo os limites dos Municípios de Tanabi —Bálsamo até o encontro da mencionada Rede Elétrica (CESP), onde se iniciou.  Assina,  Dom  José  de  Aquino  Pereira,  Bispo  de  Rio  Preto.

            No dia 1 de janeiro de 1997, às 16h00, na Catedral, toma posse o terceiro Bispo da Diocese de Rio Preto, Dom Orani João Tempesta. Dom Orani permanece na Diocese até a vinda do quarto bispo de Rio Preto. Sob segredo pontifício, em 30 de novembro de 2005, a paróquia de Tanabi é informada sob a nomeação do novo Bispo, mas a notícia só é dada em 7 de dezembro de 2005. O novo Bispo é Dom Paulo Mendes Peixoto. A primeira visita oficial feita em Tanabi foi no dia 03 de novembro de 2006.

Capelas pertencentes à paróquia Nossa Senhora da Conceição


Capela do Bairro da Estiva - Fazenda Fortaleza

         Está localizada no bairro da Estiva, na Fazenda Fortaleza (fazenda situada entre os municípios de Tanabi e Monte Aprazível, tendo por divisor, entre estes, o córrego da Grama e ribeirão daquele nome).

Situa-se na zona rural do município. O imóvel possui um barracão ao seu lado que é utilizado para as

quermesses. Padroeiros: Santos Reis. Foi fundada na década de 80. Dia dos padroeiros - 6 de janeiro.

         História da Capela: No ano de 1980, havia no local um grupo de jovens que gostava de frequentar a igreja. E esse mesmo grupo de jovens participava das missas na capela Santa Luzia, no bairro do Carrilho (grande imóvel rústico limitado pelas fazendas Fortaleza, Prata e pelo rio Dourados; é banhada pelo ribeirão de igual nome e cortada pela antiga estrada do Taboado); no local, não havia nenhuma capela, mas eram feitas novenas nas casas em tempo de Natal...

          Alguns anos se passaram e um dos jovens, pertencente ao grupo, entrou para o seminário e começou a vir ao local e reunir as famílias em uma das residências; e o jovem seminarista ensinava e organizava orações e terços. Certo dia, ele perguntou às famílias se elas gostariam que o padre viesse ao local rezar a missa e atender às confissões, e todos concordaram. E o padre Oscar Donizete Clemente, pároco da época, passou a celebrar a Santa Missa naquela comunidade.

          O padre sugeriu que levantassem no local uma capela, e logo a proposta foi aceita pela comunidade, que já escolhera os padroeiros: Santos Reis.

          A doação do terreno foi feita pelo Sr. Pedro Venerano Lopes e sua esposa, a Sra. Aparecida Bessa Lopes. Primeiramente, construíram no local uma pequena barraca, onde se rezava a missa e também organizavam as quermesses para angariar fundos para a construção da capela. Logo, ela foi construída e, em 6 de janeiro de 1995, o Bispo Dom José Pereira de Aquino, veio para sagrar a capela juntamente com o padre Aparecido Torrente, atual vigário da Paróquia Nossa Senhora da Conceição.

Capela do bairro Peróbas 

          Está localizada no bairro das Perobas (fazenda banhada pelo córrego que lhe empresta o nome, confinando-se com a antiga fazenda Jataí e a cidade de Bálsamo, seu nome origina-se da abundância, outrora, em suas matas, da conhecida madeira de lei que tem o nome genérico de Aspidosperme).

 Licença da Cúria Diocesana para celebrar o Santo Sacrifício da Missa, ouvir confissões, adminsitrar a Sagrada Comunhão e outros sacramentos. 

          Está na zona rural do município de Tanabi. Possui um barracão (5X24 mts) para a realização de quermesses, um coreto (2,50X2,30 mts), Capela (7X14 mts).  Seu padroeiro: Santo Antônio de Pádua. Foi fundada em 13 de junho de 1942. Foi construída e doada de forma verbal pelo Sr. Jacob Violin e sua esposa, a Sra. Amélia Menegasso Violin. O presente imóvel não pertence ao patrimônio da paróquia.

          Sua história: Até o ano de 1940, não existia capela nesse bairro, e o mesmo era bastante povoado. Um grupo de moradores do local, fez uma reunião, e decidiram angariar fundos para construir a capela. O terreno seria doado pela família Violin.

          No ano de 1959, um dia de quermesse, o prefeito de Tanabi, Sr. José Siriani, montou uma comissão e fez uma proposta para demolir a capela existente e, no mesmo lugar, construir outra maior, haja vista que a atual era uma capela muito pequena e rústica. O prefeito se prontificou em doar uma quantia de 25.000 mil tijolos. A proposta foi aceita e a nova capela foi construída. Foi inaugurada em junho de 1960. Nesta capela foram formadas Irmandades de Marianos, Filhas de Maria e Coração de Jesus. Dia do padroeiro - 13 de junho.

Capela do Bairro do Sapé 

          Está localizada no bairro do Sapé; fica entre o bairro da Grama e o centro da cidade, situando-se na zona rural do município de Tanabi. Seu padroeiro é São Sebastião. Foi fundada em 20 de janeiro de 1956. Dia do padroeiro - 20 de janeiro. A capela possui, ao seu lado esquerdo, um barracão para a realização de quermesses.

          Na torre da capela, está uma pintura em azulejo feita pelo pintor tanabiense Júlio Soares Bonfim, sendo a mesma feita na década de 60.

São Sebastião 
Pintura em azulejo. Déc. 60
Obra de Júlio Soares Bonfim

          História da capela: No ano de 1943, José Aristides Fabri teve um filho que se chamava Aristides Fabri Neto, que, ainda nenê, teve uma doença grave. O Sr. José Fabri, como era muito devoto de São Sebastião, fé e devoção que já vinham de seu avô e de seu pai, pediu pela saúde de seu filho e, se este se salvasse, sairia com a bandeira de São Sebastião e faria o terço todos os anos.

          Mas seu filho faleceu meses depois; no entanto, o Sr. José Aristides Fabri não desistiu e, mesmo assim, cumpriu a promessa feita, saindo com a bandeira ganha pelo seu pai, de casa em casa, com a Companhia de São Sebastião. Com a arrecadação de alimentos e prendas, os mesmos eram distribuídos nas festas em louvor ao santo, realizado todos os anos.



            No ano de 1947, mudou para o local a família Guirado e, com o Sr. Marcos Guirado, que vinha com uma formação na fé católica, iniciou-se uma Congregação Mariana fundada na escolinha do bairro. O Sr. Marcos Guirado, vendo a fé e a crença daquele povo, em devoção a São Sebastião, convidou a todos para erguerem a capela em devoção ao santo. Todos concordaram, e o Sr. José Aristides Fabri doou o terreno, sendo, este, um passo muito importante para o início de um desejo que era também da família  Fabri. E, com a participação de todos, a capela foi construída.

            O imóvel pertence ao patrimônio Nossa Senhora da Conceição e foi doado em regime de comodato perpétuo pelas seguintes pessoas: Élvio Pattaro e sua esposa Elisabeth Silveira Pattaro; Alvanir Sebastião Ventura e sua esposa Dirce Rodrigues da Silveira Ventura; Mauricio da Silveira Ventura e sua esposa Geise Ferreira da Silva Ventura. A presente doação foi  feita  na  data  de  26  de  junho  de  2007.

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Capela do Bairro da Goiaba

            Está localizada no bairro Goiaba (bairro entre Tanabi e a estrada de ferro antiga Araraquara, no prolongamento para a cidade de Monte Aprazível). Padroeiro: São Judas Tadeu. Foi fundada em 28 de outubro de 1960. Esta capela não possui barracão para a realização de quermesses.





            A capela pertence ao patrimônio de Nossa Senhora da Conceição, e foi doada em regime de comodato perpétuo pelo Sr. Percival Moyano de Pádua Júnior e sua esposa, Sra. Patricia Zuanazi Negreli Moyano,  na  data  de  10  de  maio  de  2002. A porta da capela foi uma oferta de Lorenzon e Soldo. Todos os anos recebe enorme fluxo de fiéis no dia de São Judas Tadeu, 28 de outubro, quando é celebrada uma missa no local. Foi reinaugurada no dia 28/10/13.

Capela do Hospital São Vicente de Paulo

            Está localizada no centro do município, na rua Francisco José Vargas,  s/n,  e  pertence  ao  Hospital  São  Vicente  de  Paulo. Padroeira: Nossa Senhora Aparecida. É da década de 50.

            A porta da capela foi uma oferta do Senhor Urbano Luis Monteiro e o  altar  de  mármore  foi  uma  oferta  do  Senhor  Sarkis  Chain.  Dia  da padroeira  -  12  de  outubro.

Capela - Centro - Santos Reis

            Está localizada no centro do município, na rua Cap. Bonfin, defronte  ao  número  50. Padroeiro: Santos Reis. É da década de 60.

O imóvel foi doado pelo Sr. Marculino Antonio Moraes e sua esposa Sebastiana Maria da Conceição, em três de março de 1971. O imóvel não possui barracão para a realização de festas e quermesses. Dia dos padroeiros - 6 de janeiro.




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Padre Fidélis Luís Orueta Gardeazabal

Nasceu aos 23 de abril de 1873, na cidade Guenes, Província de Viscaya, na Espanha. Filho de Luiz Orueta e Dolores Gardeazabal. Sua ordenação foi no ano de 1896 e sua primeira missa foi celebrada em Santo Domingo  de  La  Calçada  -  Espanha. Chegou ao Brasil no ano de 1899 e, em 05 de junho de 1936, assumiu  a  paróquia  de  Tanabi  como  Vigário  Geral.

Foi um dos maiores incentivadores da construção do prédio da igreja matriz; membro do Congresso Eucarístico em Buenos Aires; organizou a Irmandade do Santíssimo; rezou a primeira missa na então Vila Pereira, hoje Fernandópolis; foi um dos fundadores da “Revista Ave Maria”; colaborou intensamente com a fundação da Vila Vicentina, do Hospital São Vicente de Paulo, atual Santa Casa de Misericórdia e Ginásio Estadual de Tanabi; autor de estudos sobre “Noções de Arqueologia”.

Através da lei nº 7870, de 01 de abril de 1963, e publicada no Diário Oficial do Estado em 03 de abril de 1963, o Instituto de Educação passa a ser denominada Escola Estadual “Padre Fidélis”. A lei foi assinada pelo  governador  Dr.  Adhemar  Pereira  de  Barros.

Mesmo não estando mais à frente da paróquia, continuava rezando missas em sua residência e deixou de praticar o sacerdócio depois de praticamente  cego  e  muito  doente.

Velório do Pe. Fidélis sendo realizado na Matriz - 16/06/1960


Padre Fidélis faleceu no dia 16 de junho de 1960, às 9 horas da manhã, em sua residência, vítima de efisema pulmonar e bronquite asmática; seu atestado foi assinado pelo Dr. Francisco de Assis Santana. Está sepultado na Capela do Cemitério Central de Tanabi.

Guia para sepultamento

 AO PADRE FIDÉLIS, NOSSA HOMENAGEM:

 Vosso corpo, guarda-o, zelosa, a terra tanabiense.

 Vossas virtudes — o povo bom desta terra,

 Vossa alma — a luz sublime de Deus.

 Vosso nome — a E.E.P.S.G. Padre Fidélis!

                                                                     Versos do poeta e Prof. Luiz Maria Aimones Fúmis.

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Cônego Victor de Jesus Herrero Padilha

Nasceu em Tordesilhas, Arcebispado de Valladoliod, Espanha, em 12 de abril de 1906, numa quinta-feira santa. Seus pais, Agostín Herrero e dona Domitila Padilha, católicos verdadeiramentes modelares, tiveram 13 filhos; seis homens e sete mulheres. Das sete mulheres, quatro seguiram vocação religiosa em diversas Ordens. Como sua maior honra, tiveram, entre seus seis filhos homens, um sacerdote que foi o Cônego Victor.

            Com apenas nove anos, fez a preparação no Seminário Diocesano de Oviedo, capital de Astúrias, para onde seus pais tinham transferido sua residência. Lá estudou os primeiros anos de Latin, e Ciências Humanas. Depois transferiu sua matrícula para o Seminário dos Padres Agostinianos da vetusta e histórica cidade de Calahorra, onde, tendo feito Curso Filosófico e parte de Teologia, recebe as ordens menores e a ordem de Sub-diaconato.

             Em Leão, no colégio dirigido pelos padres agostinianos, cursa os dois anos de Teologia e Direito Canônico e recebe a ordem de Diaconato. Poucos meses depois, com a idade de vinte e três anos, com mais de quarenta companheiros, foi ordenado sacerdote, no dia 29 de maio de 1929, pelo  Exmo.  Revmo.  Sr.  Bispo  Diocesano  Dom  José  Miranda.

            Em janeiro de 1930, com licença de seus superiores hierárquicos, passa a exercer as primícias de seu sacerdócio, como Coadjutor, na Paróquia de Nossa Senhora de Montserrat, em Moca, Porto Rico. Meses depois, a pedido dos padres agostinianos da província dos Estados Unidos da América do Norte, aceita, no Colégio por eles dirigido, em Havana, capital de Cuba, a cadeira de Literatura Espanhola e outras matérias. Lá  permaneceu  por  quatro  anos.

            Depois seguiu para a cidade de Port Arthur, Texas, nos Estados Unidos, onde é nomeado coadjutor na Igreja de Nossa Senhora de Guadalupe e pró-vigário na Igreja de mesmo nome, na cidade de Beaumont, por um tempo de quatro anos. Novamente volta a San-Juan de Porto Rico para exercer suas atividades no ministério de pároco, na Igreja de  Nossa  Senhora  de  Montserrat.

            Em dezembro de 1940, depois de ter visitado, em Buenos Aires, sua madrinha religiosa Adoratriz, vem para o Brasil. Aqui chegando, é encardinado  na  diocese  de  São  José  do  Rio  Preto.

            Recebeu, em 15 de abril de 1955, o diploma de PATRONO DO FILME CÍVICO E RELIGIOSO “NOSSA SENHORA APARECIDA”, na cidade  de  Aparecida:

            Em 20 de março de 1958, recebe a estola de Cônego do Cabido da Catedral.

            Como verdadeiro modelo de sacerdote, passou pelas seguintes paróquias: Fernando Prestes, Guapiaçu, Santa Adélia, Pereira Barreto, Nhandeara, Bálsamo, Ibirá e, no dia 19 de fevereiro de 1952, chega  a Tanabi, onde,  no dia 12 de março do mesmo ano, toma posse como pároco, aqui permanecendo até o dia 16 de dezembro de 1982, tendo sido pároco da Matriz Nossa Senhora da Conceição durante 30 anos. Existe uma rua no bairro Covizzi com a denominação de: Rua Cônego Victor de Jesus Herrero  Padilha.

Nomeação Diocesana do Pe. Victor para a matriz de Tanabi Tanabi 12/03/1952

            Faleceu em São José do Rio Preto, no mês vocacional, no dia 28 de agosto de 1987 e, lá, foi sepultado no cemitério São João Batista. Em 14 de abril de 2002, seus restos mortais foram exumados e transladados para a cidade de Tanabi, onde deixou florescente a vida religiosa e muitas saudades. A iniciativa de trazer os restos mortais do saudoso Cônego, partiu do Coral Paroquial  Santa  Cecília  com  o  apoio  do  padre  Mário. Seus restos mortais encontram-se sepultados na capela do cemitério municipal central.



































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Pe. Mário Ustaszewski

Nasceu na Polônia no dia 05 de março de 1943. Filho de Zygmunt Ustaszewski e Mariana Wargulewska. Cursou e completou o primeiro grau em Szczepankowo; completou o segundo grau em Otwock, perto de Varsóvia.

Estudou Filosofia em Cracóvia e Teologia em Lublim; foi ordenado Diácono em Skorzec, Diocese de Sieldlce, na Polônia, no dia 19 de novembro de 1970 e, no dia 20 de dezembro de 1970, na mesma Diocese, foi  ordenado  Presbítero  por  Jan  Mazur.

Chegou ao Brasil no dia 16 de setembro de 1971 e trabalhou em Romeópolis - Curitiba até maio de 1972, seguindo para a Diocese de Apucarana, até março de 1973. A partir daí, ingressou na diocese de São José do Rio Preto e foi encardinado na  mesma Diocese no dia 18 de fevereiro de 1974, trabalhando nas seguintes paróquias: de março de 1973 até fevereiro de 1974, paróquia de Gastão Vidigal e Nova Lusitânia; de fevereiro de 1974 a setembro de 1975, paróquia de Floreal e Magda; de 07 de setembro de 1975 a 04 de maio de 1995, paróquia de Ibirá; no dia 05 de maio de 1995, tomou posse na paróquia Nossa Senhora da Conceição em Tanabi. Atualmente, é membro do Conselho de Presbíteros e Comissão de Aforamentos.

Em sua família há cinco padres e três freiras. O primeiro a chegar ao Brasil, em 1965, foi o seu tio, Pe. João, que trabalha em Curitiba; em 1971, chega outro irmão de seu tio e, depois, uma irmã religiosa, que é sua prima, e um outro tio, o Frei Eusébio, que atualmente trabalha na cidade Satélite de  Brasília.

No Brasil, são quatro padres e uma freira; e, na Polônia, duas freiras e um padre, todos da mesma família. Tem três irmãos, e Pe. Mário é o  mais  velho.  Seu  pai  (militar)  já  é  falecido  e  sua  mãe,  do  lar.

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Frei Luiz Antônio Gouvêa


        Nasceu no dia 06 de outubro de 1.956, na cidade de São José do Rio Preto, filho de Manoel Encarnação Gouvêa e de Irene Morelato Gouvêa. Aos cinco anos, mudaram para a cidade de Mirassol onde permaneceu até os 19 anos. Com o término do segundo grau, despertou a vocação espiritual. Aos 22 anos, foi para o Seminário “Frei Galvão” na cidade de Guaratinguetá/SP, onde ficou dois anos fazendo o Aspirantado e Postolantado nos anos de 1.979/1.980.

 

        No dia 12 de janeiro de 1.981, iniciou o noviciado em Rodeio/ SC, e no dia 20, ingressou na Ordem dos Frade Menores. No dia 20 de janeiro de 1.982, realizou os primeiros votos na Ordem, no mesmo ano, em março, iniciou a filosofia e teologia na cidade de Ribeirão Preto, indo até o ano de 1987.

 

        A profissão Perpétua se deu no dia 12 de dezembro do ano de 1.986, na cidade de Bebedouro na igreja matriz – Sagrado Coração de Jesus. A ordenação diaconal se deu no dia 11 de agosto de 1.987, dia de Santa Clara, na cidade de Ribeirão Preto/SP, na paróquia Santo Antônio Maria Claret, pelo Bispo Diocesano Dom Romeu Albeto.

 

        A Ordenação Sacerdotal, foi no dia 17 de dezembro de 1.987, na cidade de Olímpia/SP, na paróquia Nossa Senhora Aparecida, pelo Bispo Dioc. Dom Antônio Maria Mucciolo. No dia 15 de janeiro de 1.988, foi para Franca como vigário paroquial até o dia 31 de janeiro de 1.988, e, em fevereiro foi nomeado pároco da Paróquia São Judas Tadeu pelo Bispo Dom Diógenes, onde ficou por um ano.

 

        A caminhada continuou na cidade de Olímpia, onde foi para ajudar um Frade enfermo, ficando lá, por seis meses. No dia 18 de agosto de 1.989, foi transferido para Bebedouro e foi nomeado pároco da paróquia do Sagrado Coração de Jesus, pelo Bispo Dom Luiz Eugênio Peres, onde permaneceu até 05 de fevereiro do ano de 1.994.

 

        No dia 28, foi transferido para a cidade de Olímpia como pároco da paróquia Nossa Senhora aparecida de Olímpia, pelo Bispo Dom Pedro Fré de Barretos, até o dia 31 de dezembro de 1.996. No dia 14 de janeiro de 1.997, solicitou por escrito ao Bispo Dom José de Aquino Pereira o desejo de fazer uma experiência na diocese, sendo acolhido prontamente.

 

        No dia 17 de fevereiro de 1.997, assumiu a paróquia São Pedro de Mirassol, permanecendo até o dia 22 de abril de 2012, onde “permutou” com o padre Mário Ustaszewski, vindo assumir a paróquia Nossa Senhora da Conceição de Tanabi, permanecendo até os dias de hoje. 


A paróquia e seus Bispos

Dom José Marcondes Homem de Mello
1º Arcebispo da Paróquia 


            Dom José Marcondes Homem de Mello foi o primeiro Arcebispo da paróquia de Tanabi; foi empossado na Diocese de São Carlos, em 9 de agosto de 1908. Foi o primeiro Bispo a visitar nossa região. Criou, na região, as seguintes paróquias: Paróquia de Santa Isabel em Uchoa (7/12/1921); Paróquia de São Pedro Apóstolo em Mirassol ( 20/12/1922); Paróquia Nossa Senhora da Conceição em Tanabi (20/12/1922); Paróquia Senhor Bom Jesus em Monte Aprazível (22/12/1922); Paróquia São Luis Gonzaga em Cedral (30/10/1925); Paróquia São João Batista em José Bonifácio (10/01/1926); Paróquia São Benedito em Nova Granada (27/02/1926) e Paróquia Senhor Bom Jesus em Potirendaba (22/5/1926). A seu pedido, vieram da Bélgica as Irmãs de Santo André (andrelinas), que edificaram escolas em Jaboticabal (1914) e em São José do Rio Preto (1920). Foi um grande batalhador pela criação de nossa Diocese. Deixou o bispado de São Carlos em 1935 e faleceu em outubro de 1937.

Dom Lafayette Libânio
1º Bispo da Diocese de Rio Preto 1931 - 1966

LEMA EPISCOPAL: ”OPORTET ME EVANGELIZARE””É preciso que eu evangelize”

Filho de Antônio Libânio e Josefina dos Santos Teixeira; nasceu em Pouso Alegre-MG em 1º de outubro de 1886;  foi ordenado presbítero em 25 de dezembro de 1909; Vigário Geral de Pouso Alegre em 1º de outubro de 1921; foi eleito bispo de Rio Preto pelo Papa Pio XI em 08 de agosto de 1930; sua Ordenação Episcopal foi em 27 de dezembro de 1930; posse canônica em Rio Preto em 22 de janeiro de 1931; renúncia ao múnus episcopal  em  04  de  outubro  de  1966. Faleceu no dia 26 de junho de 1979, com 93 anos de idade.

          Dom José Joaquim Gonçalves           
      Bispo Auxiliar da Diocese de Rio Preto    
 1957 —1968
                                   

LEMA EPISCOPAL: ”IN CORDE MATRIS””No coração da Mãe”

 Filho de Antônio Maria Gonçalves e de Isaltina da Costa; nasceu em Jaboticabal,SP aos 21 de outubro de 1917; ordenação presbiteral em 08 de dezembro de 1941; foi eleito bispo auxiliar de Vitória-ES em 22 de agosto 1951; ordenação episcopal em 08 de dezembro de 1951 eeleito bispo de Vitória-ES em 15 de dezembro de 1951; foi transferido para Rio Preto (auxiliar do bispo) em 14 de março de 1957; nomeado bispo de Cornélio Procópio-PR em 26 de maio de 1973; posse canônica em 13 de outubro de 1973 e faleceu em Rio Preto na data de 23 de junho de 1988.

Dom José de Aquino Pereira
2º Bispo da Diocese de Rio Preto 
1968 —1997

                          

LEMA EPISCOPAL: ”OPORTET ILLUM REGNARE” ”É preciso que Ele reine”.

  Nasceu em 22 de abril de 1920 no distrito de Vila Real, Trás-os-Montes, em Portugal, filho de Manuel de Aquino Pereira e Maria do Rosário Ribeirol. Ingressou no Seminário em Vila Real, em 1931. Veio para o Brasil em 1938, matriculando-se no Seminário Central do Ipiranga, em São Paulo. Ordenado sacerdote em São Carlos em 3 de dezembro de 1944; foi nomeado em 23 de janeiro de 1958, 1º Bispo de Dourados, Mato Grosso. Em 1960, o Papa João XXIII o nomeia para a Diocese de Presidente Prudente; em 6 de maio de 1968, o Papa Paulo VI o nomeia Bispo da Diocese de Rio Preto; sua posse canônica em Rio Preto foi em 04 de agosto de 1968.

Renunciou ao múnus episcopal em 26 de fevereiro de 1997. Com a renúncia aceita pelo Papa João Paulo II, Dom José foi nomeado Administrador Diocesano até a posse do novo Bispo, que ocorreu no dia 1º de maio de 1997. Dom José de Aquino Pereira continua residindo em São José do Rio Preto e prestando serviços à comunidade; é também, Bispo Emérito desde 1º de maio de 1997.

Dom Orani João Tempesta
3º Bispo da Diocese de Rio Preto
01/05/1997  - 2004
Atualmente, é o Cardeal Arcebispo do Rio de Janeiro

LEMA EPISCOPAL: ”UT OMNES UNUM SINT””Que todos sejam um”

Filho de  Achille Tempesta e de Maria Bárbara de Oliveira, já falecidos. Nasceu em São José do Rio Pardo - SP em 23 de junho de 1950; ingressou na Ordem Cisterciense (São José do Rio Pardo) em 01 de fevereiro de 1968; profissão solene na Ordem Cisterciense em 02 de fevereiro de 1969; ordenação presbiteral em 07 de dezembro de 1974; Pároco de São Roque (São José do Rio Pardo) em 07 de dezembro de 1984; foi eleito o 1º Abade da Abadia de N. Sra. de São Bernardo em 05 de dezembro de 1996;  Bênção Abacial em 15 de dezembro de 1996; nomeado bispo de Rio Preto em 26 de fevereiro de 1997; ordenado bispo em 25 de abril de 1997; sua posse canônica em Rio Preto ocorreu em 1º de maio de 1997.

Dom Paulo Mendes Peixoto
4º Bispo da Diocese de Rio Preto
25/03/2006 - 2012

LEMA EPISCOPAL: ”AD VITAE MINISTÉRIUM” ”Para o Serviço à Vida”

Filho de Aldir Peixoto e Maria Mendes Peixoto, nasceu em 25 de fevereiro de 1951, em Imbé —MG. Seu leitorato deu-se no dia 19 de março de 1977; o acolitato, em 01 de maio de 1977; presbiterato, em 08 de dezembro de 1979.

Foi nomeado Bispo em 07 de dezembro de 2005; sua sagração ocorreu em 25 de fevereiro de 2006 e tomou posse em 25 de março de 2006.


Dom Tomé Ferreira da Silva
5º Bispo da Diocese de Rio Preto
16/11/2012 - Renunciou 18/08/2021

LEMA EPISCOPAL: "Santidade na Verdade e Caridade".

Filho de Sebastião Ferreira da Silva e Ana Ferreira da Silva, nasceu no dia 17 de maio de 1.961,na cidade de Cristina/MG. Seu leitorato deu-se no ano de 1975; presbiterato, no dia 1 de janeiro de 1.987; episcopado, 9 de março de 2005.

No dia 26 de setembro de 2012, foi nomeado pelo Papa Bento XVI, bispo diocesano da S.J do Rio Preto.

No dia 22 de outubro do ano de 2016, Tanabi passou a pertencer a recente Diocese de Votuporanga. 

Dom Moacir Aparecido de Freitas
1º Bispo da Diocese de Votuporanga


     LEMA EPISCOPAL: Verbum panis factum est”- “A Palavra se fez pão”

Nascido na cidade de Ibirá, São Paulo, no dia 22 de agosto de 1962, Dom Moacir Aparecido de Freitas é filho de Accacio Lopes de Freitas (in Memoriam) e de Nair Narducci de Freitas. Possui mais três irmãos: Antonio, José Carlos e Rosana. Foi batizado na Paróquia São Lourenço em Urupês no dia 02 de dezembro de 1962.

O Papa Francisco no dia 20 de julho de 2016 criou a nova Diocese de Votuporanga-SP e nomeou Dom Moacir Aparecido de Freitas para ser seu primeiro bispo. Ordenação Presbiteral, 11 de dezembro de 1.987; Ordenação Episcopal, 11 de outubro de 2016. Posse canônica como Bispo Diocesano de Votuporanga, 20 de julho de 2016. 

Apostolado da Oração

        O Apostolado da Oração foi fundado em 28 de dezembro de 1924, conforme termo de abertura feito no Livro de Atas pelo Pe. Branco, secretário do Bispado de São Carlos do Pinhal - SP (atualmente São Carlos), a quem a Paróquia Nossa Senhora da Conceição estava ligada, tendo o local como sua diocese. Contudo, a primeira ata é datada de 07 de agosto de 1925, a qual passaremos a transcrever na íntegra em sua originalidade,  respeitando  a  grafia  da  época.

             Aos sete dias do mez de Agosto, primeira sexta feira, depois da Santa Missa, celebrada em honra do S. Coração de Jesus, e na qual houve communhão geral para todas as Associadas do Apostolado, fez-se a reunião mensal com a presença de quase todos os Zeladores e Zeladoras. Aberta a reunião, com as orações do Manual, feitas pelo Revmo —Director, este se congratulou pelo aumento sempre crescente do vosso Apostolado e muito especialmente pelo numero de santas communhões que aumentam cada vez mais para maior honra e glória de Deus e para triunfo da Santa Igreja, nesta parochia de Tanaby. O mesmo Revmo. Director declarou que estando vago o cargo de secretária; que imediatamente se procederia e eleição  da mesma, sendo então chamada para o cargo de secretária a D. Jovita Garcia de Siqueira, que logo a seguir tomou posse. Nada mais havendo tratar, encerou-se a reunião com as formalidades de estylo. Tanaby, 01 de agosto de 1925. Assigna: O Director —Pe. Agostinho dos Santos Pereira, A Presidente —Isabel de Sá Tellis Moreira e A Secretária —Jovita  Garcia  de  Siqueira.



             No dia 01 de janeiro de 1928, a diretoria do Apostolado passa a ter nova diretoria. Isabel de Sá Telles Moreira (presidente), Tarcilia Prates Britto  (secretária)  e  Conceição  Braz  do  Carmo  (tesoureira).

            Aos 06 de maio de 1932, em reunião do Apostolado, ressalta-se a importância em ajudar com donativos, as despesas para o casamento de associadas reconhecidamente pobres; obrigação das zeladoras em visitarem freqüentemente os doentes, dando a estes, lenitivo aos seus sofrimentos. Assina a ata, Pe. Domingos da Silva Braga, Isabel de Sá Telles Moreira, Iria Malvina de Sylos Vargas, Tarcilia Prates Britto, Maria Cândida da Conceição, Adelina Maria de Castro, Antonia Claudino do Carmo  e  Geraldina  Souza  Mourão.

Apostolado da Oração
 Ao centro, Pe. Victor.
Olímpia Alves, Angelina Duó, Maria Borin, Lélia Marão, Fortunata Vendramini, Maria Padeira, Alice Monteiro, Amélia Violin, Maria Vargas, Maria Méscoa Vargas, Conceição Galli, Davina Portugal Vargas, Josefina Vendramini, Rachel Gauch, Honória Siqueira, Agripina Galavotti, Odila Leme Lambert, Maria Caparroz, Amélia Alcalá, Júlia Arroyo, Maiuta Galvani, Maria Contatore, Aurélia Andrignolli, Izaura Hernandes, Camem Oliveira, Italia Fábri, Lulu Catini, Maria Rodrigues, Aurora de Paula, Maria Distruti, Maria Batista, Laura Fernandes Mazza, Alzira Scrignolli, Argemira Monteiro, Esmeralda Sóssio, Virgínia Fracasso, Maria Fracasso, Maria Pereira, Anunciata Costa Benetti, Faustina Aguera e Maria Cáprio. 
Déc. de 50.

            No dia 5 de fevereiro de 1937, a Congregação auxilia com a importância de 100$000 (cem contos de reis), de seu cofre social, para a aquisição  dos  vitraux  para  as  janelas  da  matriz.

Zeladoras do Apostolado nas décadas de 20 e 30, Paróquia de Tanabi

            Isabel Moreira, Georgina A. Monteiro, Cândida A. Garcia, Conceição do Carmo, Jovita Garcia, Leopoldina Carolina, Tarcila P. Britto, Carmem Vargas Oliveira, Davina Portugal Vargas, Maria Cândida Conceição, Amélia Vendramini, Adelina Maria de Castro, Maria Eudóxia Silveira, Rita Maria Piai, Dalú Vargas, Maria Viola, Dirce Tabacchi Simardi, Silveira Toledo, Maria Cattini, Antônio Claudino, Christalino Braga, José Jeronymo de Paula, Sebastiana Franco Correia, Aurora Fernandes, Onocência Arruda Toledo, Josephina Vendramini, Isabel Vendramini, Emília Vendramini, Calina Buchala, Encarnação Torres, Consuelo Torres, Geraldina Morão, Maria Jarra, Dalila Dolácio Bomfim, Adélia Buchala, Anna Garcia de Almeida, Maria Garcia de Oliveira, Maria Rita Marques, Maria Almeida de Sá Barboza, Delvira Britto, Galdino José da Cruz, Jesuino Neves da Silva, Juvelina Maria de Souza, Carolina Alves Correia, Tomazia Francilina de Jesus, Albino B. de Freitas, Francisco Braga  e  Messias  Jerônimo  de  Paula.

Associados(as) do Apostolado na década de 20 e 30 —Paróquia de Tanabi.

            Maria José Vargas, Maria Regina Ribeiro, Argemira Gueches*, Veridiana A. Monteiro, Julieta Garcia, Josefina Portugal, Maria Portugal*, Joaquim F. Moura, Lázaro J. Alves, Domingos Athayde, Sebastião B. Carmo, Abrão B. Carmo, Martinho Fernandes, Juvêncio do Carmo, Antonio J. Alves, Pedro A. Candido, Luiz Tiburcio, João Francisco, Jerônimo P. Dyonisio, Antônio P. Neves, Genésio do Carmo, João L. Rodrigues, Jeronymo Baptista, Antônio dos Santos, José Ventura, Eugénio Rodrigues, Jeronymo E. da Silva, Jeronymo B. Diniz, Antônio F. de Paula, Mário das Dores, Maria Tofalina Silveira, Maria Gheches Silveira*, Argemira Gueches Silveira*, Margarida Stephan, Antônio Stephan, Maria Apparecida Correia, Raphael Correia, Virgolina Nascimento, Alice Alves, Mariama N. Carmo, Maria do Rosário,

Manoel Braga do Carmo, Maria Thereza, Divina Claudina, Florinda Maria Conceição, José Francisco Santos, Manoel R. da Silva, Sebastião E. Oliveira, José Salgado, Benedicto B. do Carmo, Francisco B. do Carmo, João B. do Carmo, Antônio P. Arruda, Emigydio A. Garcia, Francisco A. Garcia, Hygino C. Silva, Albino Freitas, Benedicto M. Carmo, José Emidyo Alves, João Emidyo Alves, Hilário Alves Garcia, Amélio Silva, Gabriel  L. Alves, Rosa Magri, Maria Magri, Maria Ferreira, Thereza Magri do Carmo, Alice Rodrigues do Carmo, Sebastião José de Oliveira, João J. de Paula, Jeronymo P. Dyonisio, Jeronymo P. Ribeiro, Pedro Alves, José Pedro Menegildo, João J. Dyonisio, Miguel Pereira, Joaquim Lazaro Sant‘Anna, Lazaro San‘Anna, José Sant‘Anna, Antônio P. Alves, Gelegasio Carvalho, Antônio J. Santos, Manoel J. Santos, João Vicente de Paula, Jorge J. de Paula, Messias J. de Paula, Vicente J. de Paula, Francisco Hipolito, João Francisco de Paula, Jesus José de Paula, Alcidia A. Freitas, Maria A. Mesquita, Thomazia M. de Jesus, Emiliana Francelina, Thomazia Francelina, Rita Maria, Maria Gertudes, Anna Gertudes Nascimento, Maria José de Jesus, Joana Maria de Jesus, Jesuina Maria de Jesus, Maria S. Monteiro, Lydia Violim, Divina de Carvalho, Jandyra de Oliveira Maluf, Isabel Lerro, Maria Rosa Oliveira, Maria Dolores Garcia, Theresa Pernuica, Consuelo Liebano*, Maria Vejam, Joanna de Campos, Emilia Costa, Eudoxia Maria de Jesus, Durvalina Maria de Jesus, Anna S. de Araujo, Anna Maria Francisca, Joanna de Campos Bicudo, Maria Silveira de Jesus, Anna Francisco do Carmo, Jorcelina Araujo Rocha, Idalina Violim, Iria Fausta da Silva, Jovelina Maria de Souza, Nani Thomaz, Nair Mendes, Cirio de Castro, Euclides Ribeiro, Mariana Ignacio Novo, Helena Luiza da Silva, Sebastiana Ribeiro, Laurinda Maria do Santos, Olmida Ribeiro, José Caetano de Souza, Sebastião Baptista de Almeida, Maria dos Remédios Rodrigues, Fausta Toledo, Inocência Toledo*, Sebastiana Toledo, Marina Toledo, Cirilo Vendramini*, Idalina Fugnohole, José Braga, Adélio Vendramini, Euclides Ribeiro, Juvelina de Souza, Verginia Maria do Carmo Vieira, Alfa de Carvalho, João Alves Silva, Sofia Maria do Carmo, Catharina dos Reis, Ana Alves França, Maria Silveira, Antônio de Paulo, Antônio José de Paulo, Benedito Ipólito, Maria Conceição, Enriqueta Sanches, Florença da Silva, Laurinda Ferreira Lima, Adelaide Gabriel Velozo de Abreu,

Amélia Lanzoni, Albina Lanzoni, Maria de Carvalho, Maria Geronima, Maria Violim, Eunice Dias Pinto, Izabel de Carvalho, Divina de Carvalho, Engracia Gomes, Orlando Thomaz, Aurora Fernandes, Lamartinho Almeida Oliveira, Maria de Lourdes Garcia de Almeida, Vergelina Maria do Carmo, Cecilia Vendramini, Juvelina Jorge, Laila Jorge, José Luzindo dos Santos, Antônio Francisco Miguel, José Vicente de Paula, Ignes Siqueira, Maria Mafalda Siqueira, Tereza Vendramini, Ignácio Torres, Annita Torres, Julieta Garcia, Rufino Barboza, Julio Barbosa, Geny Monteiro, Francisco Albino das Chagas, Antônio Vicente de Paulo, José Rornoaldo Rosa, Maria Martins de Oliveira, João de Paula Bernardo, Cecília de Oliveira Carmo, Luiza Rangel de Oliveira, Maria Izabel de Jesus, Manuel Soares de Paula, Valter Rodrigues, Nilce Rodrigues, Gerrer Rodrigues, Maria de Oliveira, Odila Ribeiro Braz, Maria Mafalda Siqueira, Ignês Garcia Siqueira, Maria Germana dos Santos, Onória Maria de Jesus, Ana Francisca da Silva, Ana Violim, Maria do Carmo Vieira, Aracy Luiz Bessa, Elza Basso Rufino, Judith Brito, Apparecida Brito, Luiza Brito, Santa Pereira, Aparecida Pereira, Octalia Monteiro, Onelia Braga, Ana Violim, Maria do Carmo Vieira, Helena Fontana, Alice Monteiro, Ana Cândida da Silva, Otília Ferreira, Carmem Nova Pereira, Clara Domingues de Santana, Maria Epólita de Jesus, Aparecida Maria das Dores, Maria das Dores, Maria Francisca, Onela Maria do Carmo, Elvira V. Nova, Olga de Brito, Nativa Albanez, Therezinha Albanez, Araci Bessa, Iracema Bessa, Dinorah Bessa, Tomazia Moça Mouco, Idalina Violim,  Fausta  Guerche  e  Maria  de  Brito.

*Associados (as) falecidos (as) na época.

            Associados (as), da Vila de Américo de Campos que pertenciam a Paróquia de Tanabi, década de 20 e 30; Zeladores e Zeladores, João Gonsalves de Souza, João Pedro de Carvalho, Menote Siriani, Alzira Comora, Chirubina Belarone, Clene Siriani; Zeladas e Zelados: Frutuoso Gonsalves de Souza, Sebastião Gonsalves de Souza, José Neto de Souza, José Gonsalves de Figueredo, Maria Lorenço Romana, Etelvina Romana de Souza, Guilhermina Rosa de Souza, Ana Cândida de Souza, Noemia Aparecida, Antônia Branca de Figueredo, Vicência Branca de Figueredo, Anastácia Pereira de Carvalho, Aparecida Joaquina de Souza, Francisca Maria de Jesus, Porcina Maria da Cunha, Julia Givioli, Pedrina Givioli, Alzidora Fermina, Francisca Maria de Jesus, Geralda Monata, Ana Romero,  Isabel  Romero  e  Maria  Teodora  de  Jesus.

            Associadas da Capela de Cosmorama pertencentes à Paróquia de Tanabi:  Josefina  Cursi,  Maria  Alves  e  Maria  Alves  de  Jesus.

            Associadas da Capela de Vila Monteiro pertencentes à Paróquia de Tanabi: Conceição Maria de Jesus, Maria José de Jesus, Ana Alzira de Jesus, Bernardina Luiza da Cruz, Jermina Luiza de Jesus, Maria Abadia de Jesus, Vijelina Aparecida de Jesus, Maria Jacintha de Jesus, Alice Francisca de Jesus, Mathilde Arnaldo de Jesus, Geraldina da Silva, Francisca Luiza Onofra, Thereza Candida de Jesus, Dionizia Candida de Jesus, Arminda Candida de Jesus, Severina Maria de Jesus, Mariana Alzira da Conceição, Caliméria Maria de Jesus, Maria Divina de Jesus, Maria Cândida de Jesus, Virginia Cândida de Jesus, Jeronyma Victoria de Jesus e Sebastiana  Pereira  de  Jesus.

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Filho de José Martins Barradas e Luiza Marques Barradas; natural de Portugal. Foi um dos grandes incentivadores e colaborador da construção da Igreja Matriz. Grande comerciante; faleceu aos 05 de setembro de 1958, às seis horas da manhã, em Tanabi, com 54 anos de idade  e  está  sepultado  no  Cemitério  Central  de  Tanabi.


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Sr. Francisco Bília. Italiano de Beluno, aportou em Tanabi no ano de 1929. Nesta cidade, constituiu sua família e foi um dos pedreiros que trabalhou na construção da torre da Matriz. Nasceu aos 05 de abril de 1889 e faleceu aos 16 de setembro de 1990, com 101 anos.




Instalação da Cruz na torre da igreja, sendo feita pelo Sr. Bília

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Quadro dos Padres desde a criação da Paróquia

1º Pe. Agostinho dos Santos Pereira - 24/12/1922 a 25/05/1927.
2º Pe. Manoel Pinheiro - 25/05/1927 a 31/12/1931.
3º Pe. Domingos da Silva Braga - 06/01/1932 a 05/06/1936. Inicialmente
Pe. Doningos assume com Pró Vigário, depois torna-se o Pároco da
Fábrica.
4º Pe. Fidélis Luís Orueta Gardeazabal - 05/06/1936 a 15/06/1945. Em
17 de junho de 1943, é nomeado o Frei, João Ruiz, como vigário substi-
tuto em decorrência do afastamento do Pe. Fidélis por motivo de doença.
Ficou pouco tempo.
5º Pe. Horácio Lembo - 17/06/1945 a 20/02/1952. Inicialmente, ele tomou
posse como vigário auxiliar, depois passou a ser o pároco.
6º Pe. Victor Jesus Herrero Padilha - 19/02/1952 a 16/12/1982.
7º Pe. Oscar Donizete Clemente - 17/12/1982 a 31/12/1993.
8º Pe. José Luis Cassimiro - 01/01/1994 a 08/02/1994.
9º Pe. Aparecido Torrente - 21/04/1994 a 04/05/1995.
10º Pe. Mário Ustaszewski - 04/05/1995 a 22/04/2012
11º Frei Luiz Antônio Gouvêa, 22/04/2012, atual pároco.

1º Vigário de Tanabi, Pe. Agostinho dos Santos Pereira, natural de Portugal. Nesta foto, ele está abençoando os voluntários da cidade de José Bonifácio, que iam para a revolução de 1932.


Pe. Domingos da Silva Braga - português
*07/04/1884     + 14/12/1959
Está sepultado na cidade de Macaubal/SP



Pe. Fidélis Luíz Orueta Gardeazabal


Pe. Horácio Lembo

Cônego Victor Herrero Padilha


Pe. Oscar Donizete Clemente


Pe. José Luis Cassimiro


Pe. Aparecido Torrente



Pe. Mário Ustaszewski

Frei Luiz Antônio Gouvêa
(atual pároco)

Coral Paroquial Santa Cecília

        Até o ano de 1952, a paróquia não tinha coral para participar das celebrações. Havia, sim, grupos de pessoas que “puxavam” o canto: membros das congregações e pessoas da comunidade; tudo era informal. Padre Horácio Lembo, organista, reuniu um grupo de fiéis católicos, em especial os participantes das Irmandades, como a Congregação Mariana, montando o chamado “Coro da Igreja”, que ajudava nas celebrações.

            Por ser um padre português, convidou o Sr. José Pires Carneiro de Abreu, popularmente conhecido como “José Batatinha”, também português,  para  ser  o  organista  do  Coro.

José Pires Carneiro de Abreu - 1º Organista do Coral Paroquial 

        Os ensaios começaram e as celebrações passaram a ter um brilho maior com os cânticos nas missas. Tudo era feito de forma precária e improvisada. O Sr. “José Batatinha”, assumiu outras atividades e ficou quase que impossível acumular a função de organista e atividades particulares. Assume, então, a senhora Maria de Lourdes Veiga Contatore para ensaiar e ser a organista do Coro, formando e mantendo um pequeno grupo  de  cantores.

            Com a saída repentina do padre Horácio Lembo, o Coro encerrou suas  atividades.

            No dia 19 de fevereiro de 1952, chega a Tanabi, o padre Victor Jesus Herrero Padilha para assumir a paróquia. Padre Victor era um excelente  músico,  compositor  e  organista.

            Exigente por excelência e minucioso em todos os seus trabalhos, padre Victor, sentindo a necessidade de ter a presença do Coro na Igreja, convida todos os participantes do extinto grupo formado pelo padre Horácio a organizarem um novo Coral. Após a montagem do grupo, o padre Victor funda oficialmente o Coral Paroquial Santa Cecília, no ano de 1952, convidando a senhora Maria de Lourdes Veiga Contatore para atuar como  organista  e  ensaiadora.

            Nesta mesma década, muda para Tanabi o casal Dr. Roberto Secarelli e sua esposa, senhora Lúcia Fanelli Secarelli, que, por ser professora de música, também ajudou o coral, auxiliando nos ensaios e atuando  como  organista.

            Foram vários (as) organistas e regentes que regeram e tocaram nesses anos todos: Cônego Victor Jesus Herrero Padilha, José Pires Carneiro de Abreu, Maria de Lourdes Veiga Contatore, Lúcia Fanelli Secarelli, Luiza Helena Marão, José Rubéns Ponponi, Edmilson Gigante, Audeler Gigante, Aparecida Pondiam, Maria Nazareth Andreazzi Marcoli, Ecilda Violin, Marcio Zuanazzi, Francine de Brito Bertozzi, Laerte Ettore Mazza Junior, Fernanda Cáprio, Maria Paula do Santos e Maria de Fátima Barboza  Tobal.

            O Coral sempre esteve à disposição da comunidade, mesmo sendo coral religioso, sempre participou de eventos culturais, levando o nome da Paróquia  e  do  município  a  várias  cidades  do  estado  de  São  Paulo.

            Atendeu em especial às solicitações dos poderes Executivos, Legislativo e Judiciário, abrilhantando suas festividades solenes. Participou por várias vezes de programas no antigo Canal 8, hoje Rede Record de Televisão, nos anos 70; participou do coral de trinta mil vozes no Estádio do Pacaembu e no Palácio das Convenções, como integrante do Movimento Coral do Estado de São Paulo, sob a regência da “Nazareth”; participou do Coral de mil vozes que saudou Sua Santidade, o Papa João Paulo II, quando fez a sua primeira visita ao Brasil no dia quatro de julho de 1980, em Aparecida do Norte; participações nas missas televisionadas da TV Globo, TV Cultura, diretamente de Aparecida do Norte; participação no Coral de duas mil vozes do Congresso Eucarístico Diocesano, realizado pela  Diocese  de  Rio  Preto  em  junho  do  ano  2000.

            O Coral participou das gravações de dois CDS; o primeiro, no ano de 2000, pelo Terceiro Congresso Eucarístico; o segundo, em 2003, pelos 75 anos de criação da Diocese de São José de Rio Preto. O Coral possui um vasto repertório musical: canto gregoriano, sacro, erudito, clássico, popular,  sertanejo,  seresta...

            No ano de 2002, o Coral Paroquial completou cinquenta anos de fundação com uma celebração  eucarística em Ação de Graças, realizada no dia onze de outubro do mesmo ano. A  celebração foi presidida pelo bispo Dom Orani João Tempesta. No dia 14 de novembro de 2002, a Câmara Municipal de Tanabi outorgou o título de Honra ao Mérito ao Coral Paroquial pelos relevantes serviços prestados ao município de Tanabi.

            Destacamos, também, a pessoa do senhor José de Souza, que ainda está atuante no Coral desde a sua fundação e colaborou muito para a sua formação. O coral vinha sendo conduzido pelos músicos Laerte Éttore  Mazza  Junior  e  Érica  Regina  Covre  de  Souza, permanecendo esta última nos dias atuais.


Audeler Gigante e seu irmão Edmilson

4 de julho de 1980, na cidade de Aparecido do Norte

Homenagem feita ao Sr. Sebastião Almeida Oliveira
na escola Pe. Fidélis. Déc. de 70.
Irmã Aparecida Torres, Marcos Guirado, Maria de Lurdes David, Leusa, Maria Balbina, Maria Lúcia Shinagava, Aparecida Pondiam, Marcos Felice, Olavo Queiroz, Clarindo, Fred, João Costa, “Piquita”...

Jogral sobre Maria. Final da década de 60.
Aparecida Pondiam, Zélia Marão, José de Souza,
Clarindo Roveram, Olavo Queiroz,
João Costa, Nazareth, Ricardo, Maria Helena Targa Mazza...



Missa de Aniversário da cidade. 04/7/1994.
Nazareth, Maria Paula, Aécio Coleta, Dr. João Batista, Beatriz Bonfim, “Barbozinha”, Silvio, Marcos Guirado, Clarindo, Fernanda Cáprio...


Sessão Solene na Câmara Municipal de Tanabi
4 de julho de 1993.
Coral Sta Cecília, Banda Municipal e alunos(as) da Escola João Portugal


Coral Santa Cecília. Setembro de 2009
Participação na Semana da Cultura.


Missa do Jubileu de Ouro do Coral Santa Cecília realizada na
Matriz Nossa Senhora da Conceição. 11/10/2002

Jubileu de Ouro do Coral Santa Cecília. 11/10/2002
Omero Cunha, Sérgio Augusto Sabatini, Terso Marcel Mazza, Aparecido Naliati, Isabel Bechara, Luiz Paulo Tonin Avanç
o, Paulo e Valdecir Siqueira (Taxinha).


      
 Chegada da imagem de Nossa Senhora de Fátima em Tanabi 

Discurso de João de Mello Macedo

Revmo. Sr. Victor Rodrigues de Assis, DD. Representante de sua Excia. Revma. Dom Lafayette Libânio, Bispo de São José do Rio Preto.

Exmas. Autoridades,

Revmo. Sr. Vigário da Paróquia.

Meus Senhores!

            Justificar a minha presença nesta tribuna, para os meus amigos de Tanabi, seria desnecessário, se essa justificação não implicasse num agradecimento meu ao vigário de nossa paróquia, que teve a bondade de incluir-me entre aqueles que devessem saudar à Nossa Senhora de Fátima, na sua chegada triunfal a Tanabi. E, agradecendo a ele, o meu agradecimento maior será à própria Igreja Católica, que, na sua maternal benevolência, considera pertencentes ao seu Corpo Místico todos aqueles que, tendo recebido as águas lustrais do batismo, contra ela não se insurjam, embora sejam como a pessoa que vos fala, pobres pecadores afastados da mesa eucarística. E não é preciso que nos aprofundemos no conhecimento da Apologética para que saibamos que ainda pertencem a esse mesmo Corpo Místico, que é a alma da Igreja, todos aqueles que, embora não batizados e até professos de outras religiões, possuam a caridade  perfeita,  ou  a  graça  santificante.

Mercê, portanto, dessa divina e humana tolerância, que é um dos apanágios da Igreja em sua transcendente catolicidade, é que eu aqui me encontro, feliz pela oportunidade, que me concedeu o Pe. Victor de Jesus Herrero, de vir juntar a minha às vozes dos que entoam, neste momento, à Virgem Santíssima a hiperdulia do seu louvos. Todos nós, brasileiros de formação católica, ainda que nos transviemos nos descaminhos da descrença, guardamos no mais íntimo recesso de nossos corações, o culto de Nossa Senhora, que, sob a invocação da “Aparecida”, é a padroeira de nossa Pátria. Gratíssima, pois, nos é sempre a circunstância em que se nos permite  externar  os  fervores  dessa  veneração.

Meus senhores!

Para tecer à Senhora de Fátima uma coroa de glórias, destinou-me o Sr. Vigário uma das tarefas mais difíceis. Colocando-me depois da eloquência sincera de Venizelos Papacosta, determinou-me ainda mais à explanação de um tema que não caberia nos estreitos limites de uma saudação. Tese para uma conferência, “Portugal novamente Missionário no Mundo pela Mensagem de Fátima”, a sua dissertação deveria caber a outrem, mais autorizado pela profundeza de seu conhecimento histórico religioso. 

Chegada da Imagem de Nossa Senhora de Fátima na Igreja

    Entretanto, como a História das Missões está ligada à própria História de nossa Pátria, não é demais que um profano, ou um leigo, aborde esse assunto, que tem levado a fazer justiça à Igreja até mesmo os seus mais acérrimos adversários. Assim, procuraremos resumi-lo da melhor maneira que nos for possível, de vez que não podemos falar do espírito missionário de Fátima sem que façamos um ligeiro retrospecto no qual evoquemos Portugal como pioneiro das missões católicas, no mundo. Pois, foi esta pequenina e heróica nação, ao lado da ardente e gloriosa Espanha, aquela que abriu, para a Igreja de Cristo, as portas de suas descobertas no ocidente e no oriente, despertando o zelo missionário, “particularmente entre os franciscanos, dominicanos, capuchinhos e jesuítas”. E foi assim que o nosso Brasil nasceu, sob o signo sacrossanto das Missões. É que na frota de Cabral, além de alguns padres seculares, vieram oito franciscanos, chefiados pela figura venerável de Frei Henrique de Coimbra, que, a 26 de abril de 1500, domingo da Pascoela, no ilhéu da Coroa Vermelha, celebrou a primeira missa em terras de Santa Cruz. E a colonização portuguesa no Brasil, na Ásia como na África, sempre se processou com o auxílio do missionário na pregação do Evangelho entre os gentios.

 Isoladamente, a princípio; em grupos, a partir de 1549, quando aqui aportaram os primeiros Jesuítas, os denodados filhos de Santo Inácio, comandados pelo P. Manoel de Nóbrega. Com Duarte da Costa, é que arribou às nossas plagas aquela plêiade de inacianos, da qual se destacou, avultando como o Apóstolo do Brasil, o seráfico poeta José de Anchieta, que fundava, a 25 de janeiro de 1554, no planalto de Piratininga, com o colégio inicial, a cidade tentacular, que é hoje o nosso orgulho, e cujo quarto centenário comemoraremos a 25 de janeiro vindouro. Beneditinos, na Bahía; carmelitas, em Pernambuco; capuchinhos, no Maranhão; jesuítas, no norte e no sul, e a catequese prosseguiu, sem desfalecimento, numa luta incessante contra a escravização do índio pelo branco e pela abolição, entre estes, do mais degradante de seus vícios: o antropofagismo.

E verdadeiros bandeirantes, com as reduções do sul, dilataram o território pátrio pelo uti possidetis, conquistado não pela força da espada, mas pelo poder persuasivo da cruz. E a obra missionária, incentivada pelos reis portugueses, cresceu com o nosso desenvolvimento, dando combatentes contra os nossos invasores e luminares à nossa cultura, mártires aos nossos movimentos libertários. E é justamente esse obra que redime de muitos de seus erros o sistema de colonização de nossos descobridores.

Coube ao Papa Gregório XV adjudicar ao Papado a obra da evangelização. E o Instituto da “Congregação da Propaganda” possibilitou a todas as nações cristãs o envio de seus missionários a todas as partes do universo, inclusive procissões portuguesas e espanholas. Mas, ninguém poderá arrebatar mais a Portugal e à Espanha a glória de terem sido os pioneiros da propagação da fé cristã, no mundo, através da palavra catequizadora  do  missionário.

Meus senhores!

        Se Portugal está sim confundido com a própria história das Missões, não é de admirar-se que outro espírito missionário viesse reflorir naquele encantador “jardim da Europa à beira-mar plantado”. E esse renascimento se deu basicamente com a aparição da Virgem aos três pastorinhos de Aljustrel, em plena grande guerra de 1914. No mundo conturbado pela pela tremenda conflagração, era de Paz e de Confraternização a mensagem de Nossa Senhora, que pedia por intermédio daqueles três inocentes pastorinhos, preces e penitência pela conversão dos pecadores, pela paz e pela  recristianização  da  Rússia.

    Por isso mesmo, fiel à vocação missioneira de Portugal, a Irmã Lúcia do Coração Imaculado, a pastorinha sobrevivente que tivera o indizível privilégio de ver e ouvir Nossa Senhora, intercedeu junto às altas autoridades eclesiásticas, postulando para que a peregrinação se fizesse por uma imagem que fosse cópia fiel daquela inefável criatura por ela contemplada, e não se limitasse a Portugal e Holanda. Queria ela que essa peregrinação se estendesse ao mundo inteiro. E foi assim que, a 13 de maio de 1947, partia, da cova da Iria, como nossa missionária, a Imagem Peregrina, que haveria de percorrer e ultrapassar o mesmo itinerário perlustrado pelos heróicos pregoeiros da fé cristã que, um dia, percorreram o  orbe  a  serviço  de  Deus.

Meus senhores!

A Imagem, que aqui está, não é a Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima. Mas, sob a influência dessa peregrinação, é que ela foi generosamente doada à Matriz de Tanabi. Ela, que é a Virgem Missionária, veio até nós, não como peregrina, mas para ficar e permanecer como moradora, que se abrigará sob o teto de nosso templo. Vede, pois, como é grande  a  nossa  felicidade!

Mensageira da Paz e da Harmonia, que sua mensagem fale permanentemente às nossas almas, contribuindo para que a concórdia reine perenemente  no  coração  de  todos  os  tanabienses  de  boa  vontade.

                                                                                            João de Mello Macedo

Discurso original transcrito acima





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1º Batizado realizado na paróquia Nossa Senhora da Conceição

No dia 24 de dezembro de 1922, nesta Matriz de Nossa Senhora da Conceição de Tanaby, baptizei solenemnte a Miguel, nascido nesta parochia a vinte de novembro do referido anno; filho legítimo de José Ruiz e de Maria Brava. Foram padrinhos: Miguel Bravo e Dolores B. E para constar lavrei este assento, que assigno. Vigário, Pe. Agostinho dos Santos Pereira. Livro de batismos, nº 1, pertencente ao Bispado de São Carlos do Pinhal.O segundo batismo ocorrido na paróquia foi de uma mulher chamada Maria; filha de João Garcia Perez e de Francisca Gomes.

1º Óbito no livro de Exéquias

Aos 29 de dezembro de 1922, nesta Matriz de Nossa Senhora da Conceição de Tanaby, encomendei o cadáver de Emílio Trentin, casado com Virgínia Roncolata, com 35 annos de idade; filho legítimo de João Trentin e de mãe desconhecida, natural da Itália e morador nesta paróchia; falleceu ontem as 20:00 hs. E para constar lavrei este assento, que assigno. Vigário, Pe. Agostinho dos Santos Pereira.Livro de Exéquias, nº 1 da Paróquia Nsa. Sra. da Conceição.

                                            1º Casamento na Paróquia

Aos 30 de dezembro de 1922, nesta Matriz de Nossa Senhora da Conceição de Tanaby, depois das denunciações e mais formalidades prescriptas, dispensados dos impedimentos de consangüinidade em segundo grau e qual da linha collateral, por palavras de presente na forma do Ritual, em minha prezença e na das testemunhas Najir Namor e Felippe Curi, receberam-se em matrimônio: Procópio Leme da Silveira e Maria Theodora da Silveira, ambos solteiros, nascidos e baptizados em Rio Preto e moradores nessa parochia; elle, com vinte e sete annos de idade, filho legítimo de Francisco Ferreira Leme e de Maria Isabel da Silveira; ella, com 19 annos de idade, filha legítima de Theodoro de Paula Ribeiro e de Maria Rufina da Silveira. E, para constar, lavrei o presente assento, que asigno. Vigário Pe. Agostinho dos Santos Pereira.

Anotações diversas

 Nos meses de agosto e setembro de 1997, o atual telhado da Matriz, que era coberto por telhas francesas, foi substituído por uma nova cobertura de zinco em cor roxa. As telhas antigas (francesas) foram doadas à Paróquia São João Batista (3.000 telhas); as 4000 restantes foram vendidas à população ao custo de semi-novas.

 * * *

 A questão do aforamento no município é resolvida. Em 22 de maio de 2000, reuniram-se na sede do Bispado de São José do Rio Preto, Palácio Episcopal Dom Lafayette Libânio, às 9h00,  os Senhores: Dom Orani João Tempesta —Bispo, Dr. Flávio Marcos Martins Thomé —advogado da Diocese de Rio Preto, Dr. Eli da Costa Neves Buchala —promotor público da comarca de Tanabi e Pe. Mário —Vigário da paróquia Nsa. Sra. da Conceição de Tanabi; nesta reunião ficou acordado o seguinte: o foro anual será cobrado sobre o valor fiscal do terreno, na porcentagem de 1,5 % sobre o valor.

Quanto à remissão, isto é, a compra do domínio pelo foreiro, ficou estabelecido o seguinte: para o foreiro comprar os direitos da Igreja sobre o terreno, deverá, o mesmo, pagar 17,5% sobre o valor fiscal do terreno.

 * * *

No dia 14 de abril de 2002, o povo de Tanabi recebe os restos mortais do Cônego Victor de Jesus Herrero Padilha, falecido em 28 de agosto de 1987.

O esquife, estilo europeu, tipo italiano, foi levado à igreja Nsa. Sra. da Conceição pelos soldados da Aéro náutica até o altar, onde foi recebido pelo Bispo Diocesano Dom Orani João Tempesta e o parolo local. Aconteceu missa solene e, após, os restos mortais foram conduzidos em carro funerário para o Cemitério Municipal Central, onde foi sepultado na Capela, em jazigo próprio.

 * * *

A primeira visita oficial do Bispo Dom Paulo Mendes Peixoto aos católicos de Tanabi foi no dia 03 de novembro de 2006. E a primeira visita pastoral foi de 27 a 29 de março de 2009.

Desde a criação, a paróquia teve oito Papas

1914 a 1922 —Benedictus XV

1922 a 1939 —Pius XI

1939 a 1958 —Pius XII

1958 a 1963 —João XXIII

1963 a 1978 —Paulo VI

1978 a 1978 —João Paulo I

1978 a 2005 —João Paulo II

2005  a 2013 -   Benedictus (Bento) XVI

2013 -               Francisco

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        O primeiro Diácono permanente no município de Tanabi é o Sr. Antônio Guerreiro Rodrigues; tomou posse e recebeu o diaconato no dia 21 de agosto de 2009.

Diácono Antônio Guerreiro Rodrigues
Nasc. 11/05/1961     Ord. 21/08/2009

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O Salão Paroquial leva o nome da Santa Nossa Senhora das Graças.

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        A paróquia Nossa Senhora da Conceição já realizou dois casamentos comunitários; o primeiro ocorreu em 16 de agosto de 2008, sendo 44 casamentos religiosos com efeito civil e 14 casamentos realizados só no religioso; o segundo ocorreu em 15 de agosto de 2009, tendo 16 casamentos  religiosos com efeito civil e 11 casamentos realizados só no religioso.

 * * *

No ano de 1988, quando da demolição do Altar Mor da Matriz, foi encontrado em seus escombros, através dos empreiteiros que ali estavam trabalhando, um memorando constando nomes e indicando a época exata em que a obra foi construída: 21 de dezembro de 1934.


O mesmo estava embutido em uma garrafa e continha os seguintes dizeres: para que conste, e revele datas e dados como o primeiro Bispo da Diocese na época, Dom Lafayette Libânio; que a construção do altar aconteceu em dezembro de 1934; que o vigário na época era Domingos da Silva Braga; que os construtores da obra foram João Vargas, Luis Siqueira, João Batista Ribeiro, Mário Tavares etc. Na ocasião, consta que a cidade tinha como prefeito o Sr. João Gualberto de Oliveira Portugal.

O Sumo Pontífice (Papa) da igreja católica chama-se Joseph Ratzinger, nasceu em Marktl AM Inn, diocese de Passau, Alemanha, em 16 de abril de 1927. Foi eleito Papa em 19 de abril de 2005, e escolheu o nome de Bento XVI.

* * *

O Núncio Apostólico no Brasil é o Dom Lorenzo Baldisseri, nascido em Barga —Lucca/ Itália em 29/9/1940. Sua nomeação para a vinda ao Brasil ocorreu em 12 de novembro de 2002; tomou posse em 17 de dezembro de 2002.

* * *

Sacristãos que passaram pela paróquia: Galdino José da Cruz, Leobino Lopes, José Victolo, Miguel Grili, Romano Gianezi, Osvaldo ...

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Tanabi possui cerca de 32 pequeninas capelinhas, muitas delas instaladas na beira de estradas e em propriedades rurais. Todas construídas por devoção a algum Santo (a).

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O patrimônio (aforamento) Nossa Senhora da Conceição compreende: 

Córrego Jataí (avenida) Quadra 01 a 14
Rua Manoel Pereira Leal – quadras 15-32-49-63
Rua Francisco Zeferino do Carmo – quadras 153 a 155
Córrego Bacuri – 154 a 77
Rua José luiz de Freitas 48 – 31- 14

Estrutura e funcionamento da Paróquia Nossa Senhora da Conceição

 Conselho Pastoral Paroquial, Conselho Econômico - Administrativo e divisão da paróquia em 29 setores.

     Associações: Apostolado da Oração, Irmandade Nossa Senhora Das Dores, Irmandade de São José, Irmandade do Santíssimo, Vicentinos e Congregação dos Marianos

     Movimentos: CAT (Comunidade Adolescente de Tanabi), COJOTA (Comunidade Jovem de Tanabi), E.C.C (Encontro de Casais com Cristo), Renovação Carismática, Capelinhas, Infância Missionária e COMIPA (Comissão Missionária Paroquial).

Pastorais

 Catequese, Eucaristia, Criança, Operária, Saúde, Campanha da Fraternidade, Vocacional, Família, Batismo, Comunicação, Liturgia, Social Paroquial, Esperança (exéquias), Sobriedade, Carcerária, Política, Educação, Terceira Idade, Dízimo, Acolhida dos Casamentos e Ministro da palavra.

 * * *

  Em 22/02/1999, a pintura interna foi restaurada pelo pintor JoãSoares e Milton Pestillo da cidade de Mirassol.

 * * *

 A porta principal da Igreja custou CR$ 12.500,00 (doze mil equinhentos cruzeiros) e foi doada por Hermenegildo Violin.


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No dia 02/03/2001, às 20h00, houve a instalação e inauguraçãda Casa de Acolhimento da Providência.

Padres nascidos e criados em Tanabi

Padre Gustavo Antônio da Silveira
Nasc. 01/6/1943    Ord. 30/6/1973
Filho de Antônio Rosa Filho e Ana Isabel da Silveira
Faleceu aos 81 anos, no dia 29/01/2025, foi velado na igreja matriz Nsa. Sra. Conceição
e sepultado no dia 30/01, ás 11/hr, no cemitério central

Padre Edson Pátaro
Nasc. 04/12/1946     Ord. 27/7/1974
Filho de Luiz Pátaro e Elza Negrelli

Monsenhor Claudionir Braga do Carmo
Nasc. 12/3/1953     Ord. 29/6/1982
Filho de José Braga do Carmo e Aparecida Verginia do Carmo

Padre Luiz Donizete Caputo
Nasc. 02/12/1958    Ord. 11/10/1986
Filho de Miguel Caputo e Olívia Pereira Silva Caputo

Padre José Eduardo Vitoreti
Nasc. 17/10/1969    Ord. 05/12/1996
Filho de José Vitoreti Sobrinho e Hilda Andreazzi Vitoreti

Padre Alexandre Marques de Andrade
Nasc. 22/7/1965     Ord. 25/01/2002
Filho de Sebastião de Andrade e Ivone Marques de Andrade

Padre Marcos Antônio Figueira da Silva
Nasc. 17/01/1976     Ord. 08/12/2000
Filho de Devair Figueira da Silva e Wandira Machado da Silva

Padre Luiz Feracine
Nasc. 03/07/1927   Ord. ?
Filho de Ernesto Feracine e Eliza Zanolla



Padre Rafael Vicente de Melo
Nasc. 02/05/1990    Ord. 03/03/2018
Leitorato 12/06/2014 - Acolitato 25/01/2016 - Ordens SAgradas 03/06/2016
Filho de Valdecir Donizete Vicente de Melo e Iraci Frigatto de Melo

Padre Alan Daga Miatello
Nasc. 26/12/1989    Ord. 28/01/2022
Filho de Pedro Aparecido Miatello e Cleusa Daga Miatello 

 
Diácono tanabiense

Luiz Carlos de Lima
Nas. 24/08/1958    Ord. 16/12/2022
Filho de Pedro Lopes de Lima e Matilde Maria Pacheco de Lima
Casado com Rosangela Aparecida Sanches de Lima
Filhos: Matheus Sanches de Lima, Augusto Sanches de Lima e Giovana Sanches de Lima Oliviera

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Hino da padroeira de TanabiNossa Senhora da Conceição

Nossa igreja bonita 
e aconchegante
o povo traz consigo
imenso amor

E dá graças a Deus
em Fé constante
e vai orando sempre
com fervor

Paz Divina no coração
e paz divina morando aqui
Nsa. Sra. da Conceição
Proteja nossa Tanabi

                    Letra: Dr. João Soler Haro - Música: Prof. Moacir Bertozzi - Julho de 1990

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Hino dos 80 anos da Paróquia Nossa Senhora da Conceição

Letra e Música Evandro Rodrigo Martins
Ano de 2002

1 - Cantemos felizes louvando
 a Deus Pai que sempre nos amou 
Com a história de graça e de vida
 que em nossa paróquia deixou

Vamos celebrar, unidos no amor         REFRÃO 2X
Oitenta anos de fé e conversão
E sob um manto protetor sempre ficar:
Nossa Senhora da Conceição

2 - No início uma humilde capela
que acolheu todo povo irmão
Hoje és grande matriz tão querida
mãe Igreja que traz união

3 - Religiosos e Padres diversos
já doaram sua vida em missão
Operários de Deus seguiremos
também nós pela igreja em ação.

4 - De mãos dadas as bênçãos peçamos
confiantes na intercessão
de uma santa e fiel padroeira
Nossa Senhora da Conceição



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Carro -  procissão de Corpus Christi 
Déc. de 60

Procissão de Corpus Christi
Déc. de 60

Homenagem ao bispo Dom Lafayette Libânio no seu Jubileu Sacerdotal
1909/ 25 de dezembro de 1959
Prefeito José Siriani.

Procissão de Corpus Christi. 
Déc. de 60

Dr. Venizelos Papacosta discursando na frente da Matriz
Déc. de 60

Primeira Comunhãono 
No centro - Irmã Dorotéia
Déc. 60

Procissão de São Cristóvão - Déc. de 60
Dr. Venizelos Papacosta, Pe. Victor e José Siriani

Irmandade das Filhas de Maria. 7 de setembro de 1953

Benção do lago do Clube dos Tangarás. Déc de 60

Irmandade do Santíssimo. Déc. de 70

Irmandade do Santíssimo. Déc. de 70


Coroação de Nossa Senhora. Ano de 1963
Maria Helena Targa Mazza - coroando,Neuza Targa oferecendo botão de rosa
Inês Avanço, Aparecida Donizete Avanço, Ida Meneguetti,Carminha Nogueira, Enrilaura Mazza Benini...

Carro de São Cristovão. Déc. de 60
Agostinho Onorato de Paula, Armando Pequim, Catarina Andreazzi,
Pedro Andreazzi, Leonilda Papacosta, Dr. Venizelos Papacosta e
seu filho “Venizelinhos”, Pascoal Gali...

Turma da Cruzada. 23 de maio de 1960
Irmã Dorotéia, Aparecida Pondiam, Mônica Carreta,
Liene Matheus de Assis, Leila Matheus de Assis, Ida Menegasso,
Lurdinha Pacheco, Carlos Alberto Matheus de Assis, Osmar Tomé,
Paulo Brant, Denise, Joel Toledo, Gilberto Matheus de Assis Jr,
Sílvia Mazza, Elisete Tomé, Jefferson Tomé, Elizabete Borim...

Pintura interna da Igreja em dezembro de 1975

 Altar Mor da Igreja em 13 de dezembro de 1975

Altar Mor. Março de 1973

Bodas de Ouro do saudoso sacristão Sr. Romano Gianezi
03 de abril de 1982.

Presbitério. 10/09/1988

Irmandade do Santíssimo no ano de 1952
Ao centro: Pe. Victor Jesus Herrero Padilha
Josias Nascimento, Eduardo Brandão, Gaudio Berti, Silvio Barbom, Antônio P. Costa, Lindolfo Claudino Carmo, Jerônimo de Paula, Jacob Violin, Cirilo Vendramini, Vitório Abra, Paulino Braga, Pedro Andreazzi, Grilli, João Bernardo, Rosário Andrignoli, Leobino, Paschoal Galli, Santo Mantovan, Joaquim Paes Arruda, Flávio S. Paula, Sebastião Braga, João Batista Furquim Lambert, José Siriani, José Antônio Pereira, Sebastião Arroyo, João Apolinário, Antônio Violin, João Meneghetti, Mariano Vitolo, José Magri e Venizelos Papacosta.

Interior da Matriz Nossa Senhora da conceição
Ano de 2005

Harmônio alemão adquirido nas Casas Manon em São Paulo
Foi adquirido pelo Cônego Victor e o Coral Sta Cecília
Contém 16 registros, chave para transposição e é tocado a fole. 
Possui um dos mais belos sons
Foi inaugurado dia 14/07/1957
Custou CR$ 50.000,00

Banda Musical “José de Souto Cirne”
Coral do projeto “Tanabi Cultural” e Coral Paroquial Santa Cecília
Julho de 2008

Banda Musical “José de Souto Cirne”
Terso Marcel Mazza, Juliana, Luiz Paulo T. Avanço,Antônio José Zacheo, Laerte, Edzélia de Oliveira,Aparecido Naliate, Alziro Zarur, Sérgio Augusto Sabatini,Sérgio Henrique Sabatini...
Missa Solene aniversário da cidade
 12 de julho de 2009

Missa Solene. 12 de julho de 2009
Pe. Mário Ustaszewski, Dom Paulo Mendes Peixoto e Pe. Jamil Serafim de Paulo

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Fotos Diversas 

Procissão da Padroeira - 09-12-13
Foto - Laerte E. M Jr




Ano 2000

Abril / 2014




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