Construção

O presente trabalho visa ilustrar a história de Tanabi.
Autor: Terso Marcel Mazza

Cemitérios de Tanabi

Cemitérios da cidade de Tanabi

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Cemitério Central
Cemitério "Jardim da Igualdade"
Cemitério do bairro de Ibiporanga

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Existe um tipo de arte que poucas pessoas conhecem; a chamada arte tumular. Deixando-se de lado o preconceito e a superstição, encontraremos nos cemitérios, trabalhos esculpidos em granito, mármore e bronze. É um verdadeiro acervo escultórico e arquitetônico a céu aberto, guardando os restos mortais de muitas personalidades imortais de nossa história, onde a morte se torna um grande espetáculo da vida neste lugar de maravilhosas obras de arte e de grande valor histórico e cultural tanabiense. Através da representação, a simbologia de saudades, amor, tristeza, nobreza, respeito, inocência, sofrimento, dor, reflexão, arrependimento, dá sentido às vidas passadas.  No cemitério, a arte tumular é uma forma de cultura preservada no silencio e que não deverá ser temida, mas sim contempladas. Em Tanabi a arte tumular é bela e, muitas vezes, passa despercebida no cotidiano.  



               Antes da existência dos cemitérios, as pessoas eram enterradas próximas aos rios; na beira da estrada “boiadeira”, sítios e bairros distantes. 
  
               O primeiro cemitério que foi construído em Tanabi foi no ano de 1895, pelo Sr. Batáglia. Era todo cercado de achas de aroeira. Atualmente, está edificado o ginásio “Prefeito Aristides Fabri”, antigo T.C.C (Tanabi Cestobol Clube). Este cemitério funcionou até o ano de 1918. Foi o primeiro cemitério que existiu em Tanabi. Lá, eram inumados todos aqueles que faleciam em Tanabi, com algumas exceções que abordaremos logo adiante. Como a cidade havia crescido, o cemitério ficou no centro. Naquela época, havia uma preocupação com os surtos epidêmicos ocorridos no final da década de 10 e início da déc. de 20, então os cemitérios tinham que ficar bem longe do centro da cidade.

            Surge então o novo e atual cemitério – “Campo Santo”, que teve sua frente construída por João Vargas Filho, pedreiro e mestre de obras a época. Está situado na Av. da Saudade. No início, era cercado de achas de aroeira e arames farpados. Todas as sepulturas e jazigos do antigo cemitério foram transportados para o novo local. No começo, tudo era de forma improvisada e precária, um grande pasto que ia se transformando em novos túmulos. A igreja ainda exercia o poder junto ao município – “mandava”; tudo era registrado pela fabrica (igreja). Os mortos tinham que “passar” pela igreja. A matriz Nossa Senhora da Conceição ainda guarda em seus arquivos o livro de exéquias. O livro é datado de 22 de dezembro do ano de 1922, registra o primeiro “de cujus” de nome Emílio Trentin, com 35 anos. Anteriormente, o registro era feito na cidade de São José do Rio Preto por padres vindos daquela localidade.
            O cemitério começou a formar-se pelo lado direito, logo na entrada. Os suicidas e negros eram sepultados ao lado esquerdo, conhecido como sendo a parte de baixo do cemitério. Não tinham direito a missa de corpo presente e nem de sétimo dia. As crianças e nascituros, logo á frente do lado direito. Eram considerados pela igreja como sendo anjos. Anteriormente, os cemitérios pertenciam e eram de domínio das igrejas e não havia cemitérios municipais. Pobres e negros não eram permitidos serem sepultados nos cemitérios pertencentes á igreja, quanto menos, serem sepultados dentro de uma igreja.
            Desde a sua nova instalação, o cemitério permaneceu intacto, quase nada mudou. No ano de 1954, na administração do então prefeito José Siriani, a avenida central que fica dentro do cemitério começou a ser construída, antes, era de pedregulho e passou a ser em “petit pavê”.
No fundo, a primeira capela construída no cemitério
Neste mesmo ano foi construída a capela N. S. do Carmo, cuja construção se deve e cumpre assinalar, aos esforços do farmacêutico Francisco Vargas. Aos poucos o cemitério foi-se transformando e crescendo. Nas décadas de 40 e 50, o administrador do cemitério era o Sr. Francisco Urias. 









Segunda capela constuída em substituição a primeira
Em julho do ano de 1979, na administração do Prefeito Alberto Víctolo, foi inaugurada a nova capela em substituição a antiga que está até os dias de hoje; no dia dois de novembro do ano de 1982, após um período de reforma o cemitério foi entregue totalmente remodelado.
            No ano 2000, novamente na administração do prefeito Alberto Víctolo, o cemitério passou por outra reforma: recebeu nova arborização (pinheirinhos), os vidros da capela foram trocados por vidros coloridos e o telhado recebeu nova cobertura; iluminação que permite o sepultamento no período noturno; reforma dos sanitários; novos muros e, o cemitério foi totalmente cimentado na sua totalidade.
           
Ossário e cruzeiro onde são queimadas velas para as almas
                                                            



No seu interior, existe um ossário para o depósito de ossos e o cruzeiro, aonde são queimadas velas, em intenção a todas as almas. 









Jazigo mais antigo do cemitério
       





      O jazigo mais antigo que ainda resiste ao tempo é da década de 20. Nele está sepultado Francisco Cruz que faleceu no dia doze de fevereiro do ano de 1923. O primeiro registro de óbito feito no cartório de registro civil de Tanabi é datado de primeiro de maio do ano de 1907, e o “De Cujus” tinha o nome de Carlos Alves da Silva. 











   Fachada externa do cemitério central, logo na entrada principal, está escrita a seguinte frase latina: “Revertere ad locum tuum” que significa: Volta para teu lugar / Volta para o lugar de onde vieste.









 
Uma bela porta em ferro forjado, feita pelas mãos dos saudosos ferreiros Carlo Lorenzon e Ferrrucio Soldo da o requinte da época. 






O atual zelador é o Sr. Nivaldo Benevente que há vinte e cinco anos cuida dos três cemitérios da cidade. É conhecido como sendo o popular “Zé Pinguinha”. Anteriormente à ele, era o Sr. Nelson Pina. 
           






           Nos cemitérios de Tanabi estão personagens anônimos, importantes, homens e mulheres, jovens, crianças, idosos, pobres e ricos; coronéis. Muitos personagens imortais que permanecem vivos na memória dos tanabienses. As pessoas que ali estão ajudaram a construir Tanabi. 


Cemitério Central de Tanabi


Cemitério Central de Tanabi
O primeiro sepultamento ocorreu no dia 31/12/1930.
Até o ano de 2013, foram sepultadas 13.320 pessoas

Portão de entrada

Corredor central

Capela do Cemitério. Nela, estão sepultados dois padres.

Interior da capela


Adicionar legenda



Sepultura do Cônego Victor Jesus Herrero Padilha
Foi o 6º padre de Tanabi. Seu paroquiato foi de 19/02/1952 a 16/12/1982.
Nasceu no dia 12/04/1906 e faleceu no dia 28/08/1987.


Sepultura do Pe. Fidélis Luís Orueta Gardeazabal
Foi o 4º padre de Tanabi. Seu paroquiato foi de 05/06/1936 a
15/06/1945.
Nasceu no dia 23/04/1873 e faleceu no dia 16/06/1960















Corredor lateral esquerdo

Corredor lateral direito


Piso em "petit pave"

     

Vista parcial













































































































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Cemitério "Jardim da Igualdade"

       Este cemitério está localizado na marginal "Henrique Alves", bairro "Jardim Centenário". O primeiro sepultamento ocorreu no dia 14 de outubro do ano de 1991. Nele, até o ano de 2013, havia 1227 pessoas sepultadas.













Cemitério Municipal do bairro do Ibiporanga


          Está localizado no bairro de Ibiporanga, Tanabi/SP, na Av. "Gustavo Thomaz Garcia". Nele existe 995 pessoas sepultadas até o ano de 2013. O primeiro sepultamento ocorreu no dia 28 de abril do ano de 1943.
           Anteriormente, as pessoas eram sepultadas em outro lugar (hoje não existe mais); num pasto.


Está a 1 km aproximadamente distante do bairro

















































    

4 comentários:

  1. Gostaria de poder ter o contato do zelador do semiterio informações sobre o túmulo do Macedo e sua esposa Maria Macedo

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  2. Por Favor Necessito saber se a Senhora Maria de Lourdes Monteiro da Silveira esta Sepultada nesse cemitério, Sepultamento ocorrido em Novembro de 1982.

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    1. Entre em contato na prefeitura, com o responsável (Chico) que administra os cemitérios - 17-3272 9000. Pela data, ele informa a você.

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