História das nossas orquestras, bandas e conjuntos de Tanabi
Conta a nossa história, que a música é centenária no rio das borboletas. As bandas são centenárias, velhas como só, lá do século passado onde cada casa de italianos havia um músico, padre ou freira. Tempos das polcas, maxixes, guarânias...
Vieram antes dos gramofones, vitrolas e tecnologias da época. Bandinha dos velhos tempos de namorar em praça pública, onde pegar na mão gerava um desconforto e causava arrepios.
Alvoradas, comemorações cívicas, procissões, festas, quermesses, bailes; olha a banda do Sr. Euclides do Amaral Sales, Sr. Arlindo Orse, Sr. Zequinha Serantes, Sr. Orestes Scrignolli, Sr. José Viera, Sr. Guilherme Fontana, Sr. Alcides Nascimento, Prof. Sílvio Bertoz, Ten. Cirne, Prof. Moacir Bertozzi, todos eles maestros e regentes que atuaram em nossas bandas, desde o século passado até os dias de hoje.
Olha a banda no circo, na porta do cinema, no enterro; casamentos, no campo de futebol. Olha a Banda! Dia de jogo a banda "nervosa", o bumbo explodia de raiva; as palmas eram de pratos e o grito do trompete. E as retretas aos domingos após a missa? Aquele bolero que saia da tuba.
Tanabi musical de sempre com suas orquestras, bandas, fanfarras e conjuntos. Os tempos passaram e a banda ainda sobrevive, não como antes, mas sobrevive. Nossa história musical é infinita. Que digo nossos cantores, coralistas e eternos e abnegados músicos.
Tanabi ainda sonha com seu desenvolvimento cultural que está adormecido, mas não está morto. Atualmente a regência da centenária bandinha de música está a cargo de Terso Marcel Mazza que assumiu a incumbência após a morte do saudoso Ten. Cirne.
Hosana, pois, àqueles, que lutam bravamente pelas tradições de seu povo.
..."Tanabi é uma cidade humana e serena, é nela que vale a pena lutar, amar e sofrer" (J.M.M)
Essa tradição já ultrapassa mais de cem anos, isso mesmo. Podemos identificar que em meados do ano de 1911, já havia banda de música em Tanabi. Acreditamos ainda que esse tempo seja mais antigo. Em sequência faremos publicar algumas "despezas" com a banda na década de 20.
Auxílio para a Corporação Musical - ano de 1925 |
Corporaão Musical - 1926. Maestro José Serante |
Corporação Musical Santa Cecília - Década de 50. Maestro Alcides Nascimento.
De pé: "Ditinho" (1º tuba), Afonso "Oveiro" (1º clarineta), Maestro Alcides e Manelão da Candota.
Agachados: Antônio de Castro, Alvaro Jonas, Alvaro Silva, Luiz "Preto" e Bira Nascimento.
Banda do maestro Alcides Nascimento. Anos 50.
Anos 70.
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Ten. Cirne - Sílvio -Moacir- Sanica e Vicente |
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Primeira fileira: Sanica, Ap. Naliati, Moacir, Zacheo. Atrás: Odilar, Hélio Scrignolli,Zarur e Vicente |
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Sanica, Moacir, Zacheo, Sílvio Atrás: Vicente, Zarur... |
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Inauguração do Almoxarifado Municipal - Dez. de 1982 Na frente: Vicente, Moacir, Vando Silveira, Zacheo e Piquita Atrás: Laureano, Ten. Cirne, Odilar, Hélio, Paulo e Taxinha. |
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Frente: Sanica, Naliati, Moacir e Zacheo Atrás: Hélio, Zarur, Cirne, Dengo e Vicente. |
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Alvorada pelas ruas da cidade. 23/12/1981 |
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Alvorada pelas ruas da cidade. Anos 80 |
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Câmara Municipal de Tanabi. Anos 80. |
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Banda Municipal. 04/07/1995 |
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Banda Municipal - Apres. Pe. Fidélis 30/05/1976 |
Apresentação na quadra do T.C.C
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Local - Prefeitura Municipal - 01/01/1997
Igreja São Cristovão - bairro Nova Tanabi
Visita do bispo - 14/07/02
Apresentação na missa, capela do bairro de Ibiporanga. Ano de 2003.
Câmara Municipal de Tanabi - Ano de 2005
Terso, Zarur, Luiz Paulo, Zacheo, Flávio, Fernando,
Naliati, Paulo e Valdecir Jr.
Almoxarifado Municipal
27/06/2005
Inauguração do asfalto em torno da praça da "Bíblia". 04/07/2005.
Alvora pelas ruas da cidade.
Aniversário do município
Ano de 2005
Banda tocando no côro da igreja matriz do centro
Terso, Zacheo, Luiz Paulo, Zarur, Naliati, Bel, Valdecir Jr,
Paulo, Flávio, Valdecir, Zelinha
26/06/2005
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Apresentação na praça "João de Mello Macedo"
Dia da cidade. 4 de julho do ano de 2006
Câmara Municipal
Tocando na praça da matriz - centro
Julho de 2006
Julho de 2007
Comemoração Cívica. 04/07/2008
Praça "João de Mello Macedo"
Missa 04/07/2008
Aniversário da cidade
04/07/2009
Missa 12/07/2009
04 de julho do ano de 2010
Sessão Solene -- Câmara Municipal
29/06/2010
05/07/2011
05/07/2011
Julho de 2011
Julho de 2011
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*******Orquestras de baile
Surge no início dos anos 50, a orquestra "Sul Americana", primeira orquestra de baile de Tanabi. A iniciativa foi do maestro Prof. Sílvio Bertoz.
Álvaro (cantor), Aparecida Alonso (cantora), Álvaro (bateria), Pereira tintureiro (pandeiro), Pedrinho Locateli (acordeon), Ditinho (violão), Sílvio Bertoz (sax alto)...

Sílvio Bertoz também teve um conjunto chamado "Sílvio Bertoz e seu Conjunto" e posteriormente "Tanabi Orquestra".
No dia 21 de abril do ano de 1992, o saxofonista Moacir Bertozi fundou a orquestra "Cirinho e sua Orquestra", vindo posteriormente a trocar o nome para "Cirinho Banda Show". A mudança no nome se deu em relação aos tempos modernos, haja vista, que a palavra orquestra não estava agradando mais. A sede da orquestra era na antiga máquina de café do Sr. Marão Elias Marão, esquina com as ruas Jorge Tabachi e Rui Barbosa.
Sua estréia deu-se no dia 07/05/1994, em um jantar promovido pela A.A.B.B. que na ocasião comemorou o dia das mães. A orquestra fez muito sucesso; tocou em jantares, bailes, festas da cerveja, carnavais...
Primeira fileira da esq. para dir: Orlando Bertoz (Tabaco), Terso Marcel Mazza, Alexandre Safady, Moacir Bertozi.
Jantar dançante realizado no antigo Cassino de Ibirá-SP, no dia 21/10/1994.
Convite |
Cartaz que era utilizado pela orquestra. Patrocínio do extinto Frango Tanabi na pessoa do Sr. Manoel de Souza Alves ("Mané Português). |
Baile no Clube dos Tangarás, ano de 1997.
Da esq. para dir: João Francisco Maneiro, Alexandre Safady, Bruno da Silva Santos, Moacir Bertozi e Alziro Zarur.

Os três cartazes referem-se a 6a.- 7a. e 8a. Festa do Choop promovida pelo Lions Clube de Tanabi.
******** Conjuntos Musicais
Tanabi também teve conjuntos musicais que animavam os bailes e festas.
********** Nossos maestros e regentes
O retrato abaixo está o Sr. Euclides do Amaral Salles "Nhonhô" Salles, uns dos primeiros maestros de Tanabi. Déc. de 10. Sua esposa chamava-se Thereza Salles.
Maestro José Vieira Alves, residia ao lado da casa do Cel. Militão Alves Monteiro, atualmente residência do Sr. Italino Alderigi Cuoghi. Era escrivão da Coletoria Federal em Tanabi. Fazia aniversário no dia 24 de junho. Ele é da década de 20. Muitos músicos tocaram na sua banda dentre eles: Arlindo Orsi (bombardino) vindo de Batatais; Alfredo Vítolo, Leone Creazzo, Ernesto Vítolo, Vicente Fernandes, Euclides Ribeiro, "Denga", Nelson Camargo, José de Souto Cirne, Manoel de Carvalho, Ernani dos Reis, José Dorna, Antônio Machado, Benedito Mendonça (Tuba)...
No dia 8 de agosto do ano de 1938, a banda musical de Tanabi esteve presente no dia da fundação da cidade de Votuporanga - SP. Na ocasião o diretor e regente era o saudoso Ten. José de Souto Cirne. Também no mesmo ano, o presidente da república Getúlio Vargas, visitou S.J.R. Preto e o som ficou a cargo do Banda Musical de Tanabi. 
Chegou em Tanabi no dia dois de fevereiro do ano de 1938, em companhia de seus pais e irmãos. Na sua infância, aprendeu o ofício de ser alfaiate. Chegando em Tanabi, tomou parte na Banda Santa Cecília, então regida pelo maestro Guilherme Fontana. Do matrimônio de seus pais nasceram: Ottoni, João, Orlando (Tabaco), José, Sílvio, Moacir (Cirinho), Vicente, Madalena, Rosa, Thereza Aparecida, Zita e Arnaldo (Sanica).
No ano de 1942, foi formado em Tanabi um Jazz Band da qual Sílvio era integrante; passado dois anos, passou a ser o regente. Logo, Sílvio formou a orquestra "Sul Americana" composta por dezesseis músicos e tinha como croner a jovem cantora tanabiense, Ilka Bessa. Essa orquestra tocou por toda a região até o ano de 1949.
Sílvio conheceu a Inspetora Federal de Ensino que nessa época residia em Taquaritinga. Esta ouvindo Sílvio reger o Hino Nacional com tamanho brilhantismo, sugeriu a ele que deveria fazer um curso especial de música na cidade de São Paulo, no "Conservatório Paulista de Canto Orfeônico", sendo que nessa época só existiam dois cursos especializados, um em São Paulo e outro no Rio de Janeiro.
Aceitou a sugestão e viajou logo depois para São Paulo e lá, nesse Instituto, não pode ser matriculado, porque lhe faltava o diploma ginasial. O diretor do Instituto, maestro João Batista Julião, disse ao Sílvio que era necessário fazer um teste em que pudesse ser apurado o seu grau de conhecimento musical.
Nesse teste o candidato saiu-se maravilhosamente bem, recebendo portanto, a nota máxima, 10. Não houve dúvidas quanto à capacidade do jovem artista que já despontava para o estrelato. O maestro sugeriu à ele que se encaminhasse ao "Instituto Carlos Gomes de São Paulo", onde nessa ocasião era o regente o Capitão Romeu.
Sílvio teve que conseguir um diploma de instrumentista para poder facilitar a matrícula no referido Conservatório Paulista de Canto Orfeônico, foi então que o Sílvio a pedido do Cap. Romeu executou uma composição musical no instrumento clarineta na presença do maestro, fazendo em seguida um exercício musical de mais de quinze dias consecutivos de aula. A técnica e a execução foi tão brilhante, que foi o suficiente para obter o diploma desejado de músico do "Instituto Carlos Gomes" e depois da posse deste, viesse matricular-se no Conservatório Paulista de Canto Orfeônico.
Uma vez matriculado, fez o curso vago durante quatro anos; após completado este curso, recebeu o diploma de Professor de Canto Orfeônico. Logo, se inscreveu no concurso oficial do Magistério e conseguiu ser aprovado com a nota sete, competindo com 86 candidatos; foi classificado em 16º lugar o que lhe valeu a escolha na vaga existente no Colégio da cidade de Pereira Barreto, onde lecionou música.
Casou-se com Maria Ruth de Andrade, natural de Barretos, SP, (filha de Antônio Batista de Andrade e Maria Alves Garcia) no ano de 1942. Desse matrimônio nasceram: Marilene Bertozzi, a "Pingo"; Carlos Bertozzi; Francisco Antônio Bertozzi, o "Dego"; Rosemar Bertozzi, "Peti", esta última, filha por adoção. Depois, transferiu-se para a cidade de Viradouro, e posteriormente foi para a cidade de Palestina, e por último voltou a Tanabi, onde lecionou na Escola "Padre Fidélis", até o ano de 1974, quando se aposentou.
(Sílvio e Dona Ruth -Ano de 1975)
Sílvio fez mais de noventa composições musicais compreendendo-se valiosas: dobrados (Alberto Víctolo, Waldir de Carvalho, Eterno Presidente), maxixes, marchar, hinos, boleros (Saudades dos anos 40), valsas (Cristiane), tagos, choros, etc. Hino do Licenciando, Hino do Professorando, Hino da Escola "Visconde de Mauá', Hino do Tanabi Esporte Clube, Hino do Município de Tanabi, fez a musicografia e orquestração do Hino do Centenário de Tanabi tendo como compositor o Dr. João Batista; Hino da cidade de Cosmorama, Hina a 7 de Setembro, com letra de Sebastião Almeida Oliveira; Culto ao Herói, letra do Dr. João Soler Haro; Hino da escola "Padre Fidélis"; Hino da Escola " João Portugal", Hino da Escola "Ganot Chateaubriand"; Hino da cidade de Bálsamo; "O Trabalho é bom", letra do poeta Luiz Maria Aimones Fúmes; "O Tempo", letra de autor ignorado. Formou bandas, conjuntos, fanfarras, serestas e corais
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Ano de 1978. Foto de José Cury |
Sílvio Bertoz é um patrimônio cultural musical de Tanabi; é incontestavelmente o lídimo representante dos músicos em Tanabi, embora tenhamos outros formidáveis. Em sua homenagem, a praça da Caixa d'Água, área central da cidade, passou a denominar-se Praça "Prof. e Maestro Sílvio Bertoz"; o salão nobre da Escola "Padre Fidélis" é denominado Salão Nobre "Prof. e Maestro Sílvio Bertoz".
Faleceu no dia 26 de julho de 1985, às 22h00, na Santa Casa São Vicente de Paulo de Tanabi, com 69 anos, vítma de uma "Parada Cardio Respiratória". Está sepultado no cemitério central de Tanabi, no jazigo de número 5033, perpétuo.
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Sílvio no clarinete; Moacir no sax tenor; Sanica no trompete e Vicente na tuba. |
Os Bertoz foi uma família tipicamente musical. No ano de 1938, muda para Tanabi o Sr. Francisco Bertosse (velho Kéko), natural de Triestre - Áustria, filho de José Bertosse e Thereza Bertosse, naturais da Áustria. Em Monte Alto onde residia, com 25 anos de idade, marcineiro e músico, casou-se com a Sra. Phylomena Marigliano, 18 anos, lavradora, natural de Nápolis - Itália, filha de José Marigliano e Carboni Rosa, também italianos. Ela chegou ao Brasil, na cidade do Rio de Janeiro, em 07 de maio de 1895, com seis anos de idade, sei destino foi a cidade de São José do Rio Preto.
Todos os filhos homens aprenderam música com o velho "Kéko" (pai), que tocava baixo tuba. Chegaram em Tanabi no ao de 1938. Na cidade, a família Bertoz contribuiu muito para o crescimento musical, preservando e cultivando as tradições vindas do século passado.
Foram músicos de qualidade que tocaram com grandes orquestras: Silvio Mazuca, Ray Connif, Renato Perez, Arley e sua Orquestra, Leopoldo e sua Orquestra, Sílvio, Moacir e Orlando tiveram suas próprias orquestras.
O sobrenome Bertoz sofreu várias alterações devido a erros cartorários: Bertosse, Bertoz, Bertozzi, Bertozze, Bertossi.
O segundo da esq. para dir. é o Sílvio Bertoz |
José de Souto Cirne nasceu na cidade de Seridó, Rio Grande do Norte, no dia 20 de novembro do ano de 1918. Chegou em Tanabi no ano de 1932, por causa da nomeação e transferência de seu pai que veio ocupar o cargo de comandante da Polícia Militar no município.
"Esteve ligado a Tanabi por longos anos. Em Tanabi trabalhou, ainda jovem, quando ingressou no Serviço de Segurança Pública do Estado de São Paulo. Atuou em cidades vizinhas como Monte Aprazível e outras do estado, onde quer que o dever o chamasse.
"Esteve ligado a Tanabi por longos anos. Em Tanabi trabalhou, ainda jovem, quando ingressou no Serviço de Segurança Pública do Estado de São Paulo. Atuou em cidades vizinhas como Monte Aprazível e outras do estado, onde quer que o dever o chamasse.
Musicista, fez parte das corporações musicais de destacamentos militares em diversas localidades, e, nessa atividade, obteve várias promoções, tendo sido aposentado como 1º Tenente Músico.
Regressou a Tanabi em 1963, após merecida aposentadoria, aqui residindo até ser chamado para continuar na eternidade a sua vida tão feliz. Teve uma existência vivida plenamente, fazendo com ardor, dedicação, responsabilidade e competência, o que era a grande paixão de sua vida, a música. Com o apoio, incentivo e compreensão de Dona Leontina,
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Leontina Bula e Ten. Cirne |
sua amada esposa, pode cultivar, plenamente, a arte musical até o último dia de sua preciosa vida.
E como foi feliz fazendo música! E como foi atuante! E perseverante! Criou e dirigiu a Orquestra Sinfônica de Pirajuí, formou fanfarras nas escolas e Tiro de Guerra desta cidade e cidades vizinhas, organizou conjuntos musicais típicos que atuaram em inúmeras festas na noroeste, nas regiões de Araçatuba e Bauru
, grupos musicais para os eventos carnavalescos, grupo musical que atuou inúmeras vezes na Câmara Municipal de Tanabi e a banda da cidade de Tanabi, que tanto brilhantismo trouxe as nossas festividades cívicas, religiosas, esportivas e também tanta alegria ao povo reunido na praça nas noites de fins de semana.
Nas tardes de sábado dirigia-se a Monte Aprazível para os ensaios da Camerata, tendo também nessa cidade organizado uma Banda Musical. Sempre esteve à frente de um grupo musical, mesmo em atividade paralela antes da aposentadoria, tendo repertório adequado a todas as ocasiões.
Nas cerimônias e missas de fundação de várias cidades destas e outras regiões lá estava o Maestro Cirne com a sua corporação musical, dando brilhantismo as cerimônias, quase sempre realizadas em pequenos ranchos cobertos de sapé, como a bela próspera cidade de Votuporanga e outras.
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Orquestra Sinfônica de S.J.R.P onde o Tenente era o maestro |
Mas foi em S.J.R. Preto, à frente da Orquestra Sinfônica, que passou a dirigir ao seu regresso a Tanabi, que teve a sua atuação elevada ao mais alto grau de dedicação, amor, responsabilidade e competência.
Eram os dias de sua vida dedicados a copiar partituras, fazer arranjos, organizar repertórios, viagens a São José do Rio Preto para a realização de ensaios, apresentações públicas em praças, escolas igrejas, em eventos diversos, sessões da Câmara Municipal, reuniões, chegando a se deslocar para aquela cidade por até quatro ou cinco vezes por semana enfrentando inúmeros perigos.
Financiou pessoalmente a compra de partituras, acessórios musicais e até instrumentos. Nunca mencionou os gastos, inclusive em viagens e desgaste de carros, nestes trinta e seis anos de dedicação total a Orquestra Sinfônica de S.J.R. Preto.
Muitas vezes foi incompreendido, criticado, mas de sólida formação religiosa e militar, sempre esteve de pé, firme, corajoso, laborioso, preparando peças para novos ensaios e novas apresentações. Ainda jovem, aqui fixou residência, tendo, em 1944, sob as bençãos do saudoso padre Fidélis Orueta, se casado com Dona Leontina Bula. Não tendo filhos, fez de seus sobrinhos e dos seus músicos os seus próprios filhos.
Assim foi o Tenente Cirne, o Maestro Cirne, dedicado à família que tanto amava, a esposa e a música que o fizeram tão feliz..." (Texto da Profa. Maria Nazareth Andreazzi Marcoli, publicado no Jornal "O Município de Tanabi", no dia 28/02/1999).
Compôs vários dobrados, marchas, sambas... faleceu no dia 23 de fevereiro do ano de 1999.
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Cirne e sua Orquestra - Bauru |
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Cirne e sua Orquestra |
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Orquestra Tambara - Bauru |
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Clube dos Tangarás 23/06/2006 |
Moacir Bertozzi nasceu no dia dezesseis de novembro do ano de 1933, na cidade de Palmares Paulista. É conhecido como Cirinho. Trabalhou no posto de saúde, vindo posteriormente a se efetivar como professor de música e educação artística na rede pública onde se aposentou. Moacir é de uma família de músicos; começou sua vida musical aos 13 anos de idade tocando caixinha com seus irmãos e seu pai, o velho "Keko". Ja aos quinze anos, fazia parte da orquestra do seu irmão Orlando, na cidade de São José do Rio Preto. Foi nessa época que "Cirinho" iniciou a sua brilhante carreira na música. Tocou com muitas orquestras e bandas: 1º Clarinetista da Orquestra Sinfônica de S.J.R. Preto, quando da regência do saudoso maestro "Ranzini"; 1º Sax Alto do conjunto do pianista Roberto Farath, (Automóvel Clube da cidade de S.J.R.Preto);
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Conjunto "Icaraí" do Mote Líbano |
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Sanica e seu irmão Moacir - anos 70 |
diretor musical do conjunto "Icaraí" (Clube Monte Líbano da cidade de S.J.R.Preto); fundador e 1º saxofonista da orquestra de "Renato Peres"; 1º saxofonista da Orquestra de Osmar Milani de SP; 1º saxofonista da orquestra do Nelson de Tupã (atualmente Leopoldo); 1º Sax Alto e barítono da orquestra "Arley e sua Orquestra"; integrante da banda "Tropical Brasilian Band", maestro e regente da banda municipal de Tanabi; arranjador e 1º clarinetista da banda sinfônica da cidade de S.J.R.Preto. Participou em vários eventos como músico solista; e do Movimento Coral do Estado de São Paulo, "Clínicas Musicais". Foi instrutor de fanfarra na escola Ganot. No ano de 1992, fundou a orquestra "Cirinho e sua Orquestra", onde mais tarde trocou de nome para "Cirinho Banda Show". Se ídolo é o Charlie Parker, saxofonista norte americano. O seu estilo de música é o jazz. Moacir é um az como compositor, como instrumentista e como arranjador.
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Moacir e Sanica - anos 90 |
Prezado,
ResponderExcluirOnde você conseguiu as fotos da orquestra Icaraí?
Você saberia me dizer o ano da imagem?
ResponderExcluirOi André, tudo bem?
ExcluirA imagem é da década de 60.
As fotos eu consegui de pesquisas que eu fiz e ainda faço.
Você teria algo para me ajudar e colaborar?
Tenho muitas fotos para acrescentar, porém, falta tempo.
Desculpe pela demora.
Se quiser bater um papo, e quem saiba tomar um café, mande mensagens no face In box. Terso Marcel Mazza.
Boa noite, sou neta do Orlando Bertozi e estou buscando informações para tirar minha cidadania Italiana atraves de Phylomena Marigliano, sera q vc poderia me ajudar com algumas datas e registros? Meu telefone whatsapp 11 94125-9004 - Natalya Bertozi Afif, agradeço antecipadamente!
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